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Cesta básica em Santiago ultrapassa os R$ 700; tomate e café contribuíram para a alta
14 de Abril de 2025 às 10:16
Pesquisa do Curso de Administração da URI Santiago revela aumento de 6,60% no mês, acima da inflação projetada para todo o ano de 2025
Pesquisa do Curso de Administração da URI Santiago revela aumento de 6,60% no mês, acima da inflação projetada para todo o ano de 2025

O custo da cesta básica em Santiago (RS) registrou alta expressiva em março de 2025, ultrapassando a marca de R$ 700,00 e superando a média nacional apurada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Segundo levantamento realizado pelo Curso de Administração da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), câmpus de Santiago, o valor da cesta passou de R$ 689,09 em fevereiro para R$ 734,54 em março, um aumento de R$ 45,45, ou 6,60% em apenas um mês. Para efeito de comparação, esse acréscimo permitiria, em fevereiro, a compra de mais de 1kg de carne.

Esse percentual mensal é superior à projeção da inflação anual, que está estimada em 5,65% para 2025, o que evidencia um impacto significativo no orçamento das famílias santiaguenses.

Aumento generalizado nos produtos
A análise mostra que, dos 13 produtos que compõem a cesta básica, 10 tiveram aumento em março. O destaque ficou por conta do tomate, com alta de 57% em relação ao mês anterior. O café torrado também teve aumento relevante, de 18% no mês, acumulando alta de 55,75% em 2025. Outros reajustes importantes foram:

Farinha de trigo: 15%

Leite: 10%

Banana caturra: 8%

Por outro lado, três produtos apresentaram queda nos preços:

Feijão e arroz: -6%

Óleo de soja: -1%

Santiago supera a média nacional e sobe no ranking
O custo médio da cesta básica nacional, calculado pelo DIEESE a partir de dados de 17 capitais, foi de R$ 733,58 em março. O valor de Santiago, portanto, ficou ligeiramente acima da média. Se fosse considerada oficialmente no ranking das capitais, Santiago ocuparia a 11ª posição, duas acima em relação ao mês anterior (13ª).

Entre as capitais mais caras, destacam-se:

São Paulo (SP): R$ 880,72

Rio de Janeiro (RJ): R$ 835,70

Florianópolis (SC): R$ 831,96

A capital com a cesta mais barata foi Aracaju (SE), com R$ 569,48.

Carga horária de trabalho cresce para aquisição da cesta
Com os novos valores, um trabalhador santiaguense que recebe um salário mínimo precisa trabalhar 106 horas para adquirir a cesta básica — 6 horas a mais que em fevereiro.

Segundo o DIEESE, o valor do salário mínimo deveria ser R$ 6.162,81 para atender às necessidades básicas de uma família composta por dois adultos e duas crianças, considerando os parâmetros do Decreto-Lei nº 399/38 e a Constituição Federal, que garantem o direito à alimentação digna.

 

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