Um Conto de Natal - Por Nolfeu Barbosa
24 de Dezembro de 2021 ąs 13:16
Um Conto de Natal - Por Nolfeu Barbosa
. Mantendo os cuidados sanitįrios devidos, abrace seus familiares, nessa noite de Natal, mas abrace um pouco mais demoradamente, enquanto agradece, intimamente, por Deus ter te proporcionado mais essa oportunidade de estar com eles.

O pequeno menino estava ansioso pela chegada do Natal. Todo dia acordava e perguntava à sua mãe:
– O Natal já chegou?
E a mãe, pacientemente, respondia:
– Não, querido, faltam “tantos” dias para o Natal…
Mas ele tinha pressa e ficava sonhando acordado com aquela festa cheia de luzinhas piscando, os parentes se abraçando, com roupas bonitas, trocando presentes entre si e a mesa repleta de comidas gostosas, huuummm…
Esta era a ideia de Natal que ele tinha, até então…
Só que algo repentino aconteceu: seu pai teve que mudar de cidade quase no final do ano, por causa do emprego, e eles tiveram que ir para um lugar muito distante, tendo que comemorar o Natal longe do resto da família.
Com as despesas da viagem e da mudança, as coisas ficaram meio difíceis e a véspera do Natal deles foi bem diferente dos anos anteriores. Sua mãe fez apenas um prato de rabanadas e um franguinho assado, mas como eram cristãos, agradeceram a Deus por aquele momento e por estarem unidos, nesta nova etapa cheia de expectativas para o próximo ano.
No dia 25 pela manhã, o menino foi correndo até a árvore de Natal ver o que o Papai Noel tinha deixado para ele, e encontrou uma cartinha escrita assim:

“Querido Jonathan, você foi um menino muito bonzinho este ano, estudou bastante, passou de ano, foi obediente e ajudou a sua mãe nas tarefas da casa, por isso merecia um presentão do Papai Noel. Mas, nesta cidade pequena, as crianças brincam diferente das crianças daquela cidade grande onde você morava, então eu resolvi lhe dar estes presentinhos simples que vão fazer você se entrosar rapidamente com seus novos amiguinhos daqui, espero que goste. Continue sendo essa criança maravilhosa que você é.
Com carinho, Papai Noel.”

Então ele abriu o pequeno embrulho e encontrou um jogo de damas, um pega-varetas, um jogo de cartas do Mico-preto, um estojo de lápis de cor e uma revistinha de pintar, dessas compradas no jornaleiro.
Ele, que estava acostumado a ganhar todo ano uma bicicleta nova do Papai Noel, um vídeogame da vovó, roupas e tênis da dindinha, ficou sem palavras quando viu aqueles pequenos brinquedos que ele nem sabia brincar!
Então sua mãe se aproximou e perguntou se ele tinha gostado ou ficado decepcionado com estes presentes tão simples.
O menino olhou para sua mãe, com lágrimas nos olhos e disse:
– Mamãe, este foi o Natal mais feliz da minha vida, pois ontem à noite eu tive você e o papai exclusivamente para mim e, ainda por cima, celebramos o nascimento de Jesus com aquela ceia tão simples quanto a manjedoura em que Ele nasceu. E hoje descobri que não é o valor das coisas que são importantes, mas o uso que fazemos delas, pois já imaginou quantos amiguinhos vou conseguir ganhar com esses brinquedos? Eu tinha medo de emprestar minha bicicleta e meu vídeogame para os vizinhos do prédio, temendo que eles os quebrassem, mas agora mesmo vou procurar lá fora os novos vizinhos para jogarem comigo! Fazer amigos é o melhor presente que eu poderia ter ganho do Papai Noel!
E saiu correndo porta afora, levando seus pequenos tesouros e deixando no coração de sua mãe a maior alegria que ela poderia ganhar neste Natal.

REFLEXÕES NATALINAS

Não reclame muito se, neste natal, você não conseguiu trocar seu carro antigo por um mais novo, ou se não conseguiu comprar aquela TV8k, de 60”, que você namorou por um bom tempo na vitrine da loja. Não lamente muito, também, se não conseguiu comprar qualquer outro bem de consumo tão desejado. Neste natal, que já é o segundo em tempos de pandemia, lembre que há duas coisas muito mais importantes do que qualquer presente. A primeira é a celebração do nascimento do Menino Jesus, que é o verdadeiro motivo da existência do Natal. E a segunda, tão importante quanto a primeira, é lembrar de agradecer, mas agradecer muito, se todas as cadeiras ao redor da sua mesa natalina estiverem ocupadas. Lembre que nem todos terão essa mesma sorte, já que muitas famílias perderam um ou mais entes queridos nesses tempos pandêmicos, tristes, dolorosos e já tão demorados. Mantendo os cuidados sanitários devidos, abrace seus familiares, nessa noite de Natal, mas abrace um pouco mais demoradamente, enquanto agradece, intimamente, por Deus ter te proporcionado mais essa oportunidade de estar com eles. E perceba, de coração, como Deus tem te tratado muito bem nesses tempos tão difíceis.
Um Feliz Natal para todos nós.

Nolfeu Barbosa