Diário de viagem
19 de Novembro de 2021 às 08:54
Diário de viagem
Nolfeu Barbosa, em sua coluna desta sexta-feira, nos conta sobre a recente viagem que realizou ao Rio de Janeiro.

No dia 23 de outubro passado, fui ao Rio de Janeiro com parte da família. Por motivos particulares, a outra parte ficou em Montenegro.

Saímos daqui bastante preocupados com a nossa segurança pessoal, pois a mídia destaca mais a violência urbana do Rio de Janeiro do que propriamente suas belezas físicas e naturais, mas tivemos a grata surpresa de ver como eles cuidam bem dos seus turistas. Tanto os funcionários dos hotéis quanto os funcionários dos cafés e restaurantes alertam os forasteiros sobre onde ir e por quais ruas transitar em segurança. Ou seja, com os cuidados de praxe, pode-se fazer um ótimo passeio.

Nós ficamos 4 dias em Arraial do Cabo e outros 4 dias em Copacabana.

Atravessamos a ponte Rio-Niterói para irmos a Arraial do Cabo, que fica na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, próximo de Cabo Frio e Angra dos Reis, e é composto por diversas praias, como Praia Grande, Pontal do Atalaia, Praia do Forno, Praia do Forte, Praia do Farol, além de outras praias menores. É uma cidade relativamente nova, com apenas 36 anos, e com cerca de 30 mil habitantes. Suas ruas são estreitas, mas pode-se andar com bastante tranquilidade e segurança. As pessoas transitam a qualquer hora do dia ou da noite, despreocupadamente, conversando e mexendo em seus celulares, sem serem incomodadas. Os moradores de lá gostam muito de comparações. Segundo eles, o Arraial do Cabo é o Caribe brasileiro, e o pôr do sol da Praia Grande é o mais bonito do mundo. Durante um dos passeios de barco que fizemos, passamos por um conjunto de formações rochosas impressionantes, chamadas de Gruta Azul, Buraco do Meteoro, Cara de Macaco e Fenda de Nossa Senhora. Ao passarmos por um conjunto de casas no estilo grego, num morro adiante, o guia bradou: - Essa é a Grécia brasileira! Quando chegamos na Praia do Forno, alguns turistas mergulharam e nadaram à vontade, naquele maravilhoso mar, que ora parecia azul e ora parecia verde.

Quando ficamos em Copacabana tivemos 2 dias nublados, mas nem isso tirou o nosso ânimo, pois visitamos lugares inesquecíveis, como o Corcovado, o Pão de Açúcar, o Museu do Amanhã, o AquaRio e a RioStar, a roda gigante que, com seus 88 metros de altura, é considerada a maior da América Latina. Fizemos, ainda, 2 city tours pela cidade, em dias alternados, passando por diversos bairros famosos, como Botafogo, Ipanema, Lagoa, Leblon, Barra da Tijuca, Leme, Urca e São Conrado (este bairro é conhecido como o bairro dos ricaços). No bairro Laranjeiras nós vimos o quartel do BOPE, local onde foi realizado o filme Tropa de Elite. Vimos o Sambódromo, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Maracanã, os estádios do Fluminense e do Botafogo, além da Gávea e Ninho do Urubu, do Flamengo. Passamos, também, pelas favelas de São Carlos, do Vidigal e da Rocinha que, com cerca de 70 mil habitantes, é considerada a maior favela do Rio de Janeiro. As favelas são comunidades formadas em consequência da má distribuição de renda e do déficit habitacional. Segundo informações do guia do city tour, na favela da Rocinha tem tudo o que tem em quaisquer outros bairros da cidade, como lojas de roupas, supermercados e até lojas do McDonald.

O Rio de Janeiro é conhecido como “A cidade maravilhosa”, e não é à toa. Suas atrações turísticas são realmente fantásticas; nas praias famosas os prédios são suntuosos, os hotéis são luxuosos e cheios de hóspedes, mesmo na temporada baixa. Mas, como qualquer outra metrópole, também tem seu lado menos atraente. Os prédios do centro da cidade são velhos, mal cuidados, sujos e pichados, lembrando um pouco a nossa querida Porto Alegre. Mas nem isso consegue empanar o brilho desse passeio tão maravilhoso.

Viajamos através de uma agência de viagens. Conforme o combinado, eles nos pegaram no aeroporto e nos levaram ao hotel de Arraial do Cabo. Depois de 4 dias, nos pegaram lá e nos levaram para o hotel Atlântico Praia, onde ficamos em Copacabana. Saímos daqui com alguns passeios já contratados, e eles nos buscavam nos hotéis e nos levavam aos locais desejados. Isso pode ser um pouco mais caro, mas é muito mais seguro e tranquilo, pois assim não nos preocupamos com nada, a não ser com a própria diversão do passeio. Mesmo fazendo uso da agência de viagens, o turista pode contratar outros passeios no local de destino e visitar locais que, inicialmente, não estavam contratados no pacote de viagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Desde que me casei, o sonho da Wanda, minha esposa, era de ir ao Rio de Janeiro. Por temor, eu protelava e me esquivava, sempre que ela tocava no assunto. Se eu soubesse o que sei hoje, teria ido há muito mais tempo. Mas o tempo de Deus é diferente do tempo dos homens e, por isso, nós pudemos ir somente agora mas, mesmo assim, foi muito prazeroso. Espero que esse pequeno Diário de Viagem seja útil para quem deseja ir ao Rio de Janeiro e, por qualquer motivo, ainda está indeciso sobre ir ou não. Vá, não hesite, e divirta-se, pois vale muito a pena!


Por Nolfeu Barbosa