
Sem ser saudosista, mas, já sendo, me vem à baila a música do cantor mineiro e compositor, Moacir Franco, que entre tantos sucessos, brindou seu grande público com a conhecidíssima música, “Cadê você”. Pois lembrando ou cantando essa música, uma vez que sempre gostei e gosto de cantar, a referida letra diz “Sua ilusão entra em campo num estádio vazio, uma torcida de sonhos aplaude talvez. O velho atleta recorda as jogadas felizes, mata a saudade no peito, driblando a emoção. Hoje outros craques repetem as suas jogadas. Ainda na rede balança seu último gol. No campeonato da recordação faz distintivo do seu coração, e as jogadas da vida, são bolas perdidas, que o craque do tempo chutou. Cadê você, cadê você, você passou, o que era doce e o que não era se acabou”.
Rememorei essa música, enquanto me passou no vídeo da minha mente, cada lance, cada detalhe do imortal Torneio Internacional Romeu Goulart Jacques e depois, Copa Santiago promovida pelo nosso sempre querido Cruzeiro de Santiago. Como residíamos na terra dos poetas e labutava nas emissoras locais, lembro que nos meses de agosto e setembro, eu já tinha comercializado com as empresas santiaguense, os chamados patrocínios para a transmissão do evento. E a empresa Gorski Andres sempre estava na lista. Claro, era a empresa do nosso idolatrado José Francisco Gorski, ”Chicão”. O envolvimento do saudoso dirigente e atleta, o seu Nery com sua Brasília, e inumeráveis nomes de desportistas da terra, era incrível. E com respeito menciono aqui o nome da também saudosíssima Heloisa Gorski, esposa do Chicão, a qual se encarregava, digamos da parte cênica, artística, que era o “show de abertura” do evento. Era de arrepiar a alma.
E um jovem criado desde a infância dentro do cruzeiro, é o Maninho Durgante. O tempo foi passando, tantos nomes importantes estiveram à frente da diretoria estrelada, assim como chegou a vez do maninho, pessoa simples, de amável trato com todos, tomar as rédeas do nosso imponente evento esportivo. Eu tenho certeza, qualidades e dedicação não faltam ao Maninho Durgante, mas a gente sabe que as adversidades dos últimos tempos, travam não só o esporte, mas tantas frentes.
Maninho, minha consideração, força e reconhecimento ao teu dedicado trabalho feito de coração ao Cruzeiro, camisa que vestiste em campo tantas vezes, e eu também te aplaudi. Vamos todos fazermos uma corrente positiva para que em 2023, a 33ª edição do nosso consagrado evento Internacional venha com força máxima, e a galeríssima estará nas arquibancadas soltando o grito outra vez. Não é mesmo meu querido amigo Gecão, ex-presidente cruzeirista? Desço as cortinas dessa coluna, porque mesmo sendo um cara descontraído, em se tratando da Copa Santiago, não tem como, a saudade nos faz chorar.
Direto da Serra gaúcha, Oliveira Junior.