Nada é para levar, tudo é para comer aqui…
Você já se hospedou em um hotel “all inclusive”? Lembro que, quando fizemos o check-in naquele imponente resort, eles colocaram uma pulseira verde-maçã em nossos pulsos. Explicaram-nos que não devíamos perdê-la, pois a pulseira nos daria acesso a todas as facilidades, que com ela poderíamos desfrutar de tudo, daquela porta em diante. E assim foi…
Todos os dias podíamos passear por aquele lugar incrível e tomar banho em qualquer uma de suas belas piscinas. Lembro também que algumas pessoas preferiram ficar no quarto. Eu me perguntava como era possível que não quisessem aproveitar esse presente, se já estava tudo pago? Nesse local também tivemos acesso aos diferentes restaurantes que faziam parte do complexo. Havia uma variedade impressionante de comidas, sobremesas e bebidas. Só havia uma regra: ‘Nada é para levar, tudo é para comer aqui.’
Assim é a vida… Ao nascermos, Deus nos dá uma pulseira chamada “Vida” e, através dela, temos acesso a esse fascinante mundo criado por Ele. Enquanto seu coração bater, você terá a oportunidade de aproveitar a vida que Deus lhe deu. Mas, tal como naquele resort, neste mundo vale a mesma regra: ‘Nada é para levar, tudo é para se viver aqui’. A diferença entre um hotel e um resort é que o primeiro foi feito só para dormir e ficar trancado e, o segundo, para explorar e curtir.
A vida não é um hotel! É um Resort 5 estrelas. Portanto, NÃO fique trancado no quarto da sua mente, dos seus problemas, da sua amargura, da sua raiva, do seu medo, da sua dor ou da sua preocupação.
Se você está respirando é porque ainda tem a pulseira… Aproveite tudo e aprecie toda a beleza que o Criador oferece para você: a natureza, um teto, um trabalho, a companhia de seus entes queridos, seus amigos, comida na mesa, uma deliciosa sobremesa; um abraço, um beijo, um sorriso, um eu te amo, um eu preciso de você, um perdoe-me ou um eu perdoo você; e a possibilidade de deixar o passado no passado.
Viva! Porque ninguém viverá por você! Aproveite a pulseira… Em vida! Pois na vida… Nada é para levar, tudo é para se viver aqui. Portanto, viva! A vida nos oferece muito!
O AMOR ESTÁ NO AR
Se o amor for grande, a espera não será eterna, os problemas não serão dilemas, e a distância será vencida.
Se a compreensão persistir, as brigas nos fortalecerão, os fatos nos farão rir, e os diálogos marcarão nossas vidas.
Se o respeito prevalecer, os carinhos serão doces e suaves, os beijos profundos e cheios de valor, e os abraços calorosos e confortantes.
Se a confiança existir, a dúvida se extinguirá, as perguntas serão respondidas, e as palavras poderão ser ditas.
Talvez não seja um amor eterno. E não é um amor doentio, nem um amor ideal. Mas um amor verdadeiro. Aquele que vence as barreiras Impostas pela vida e pelas ocasiões. Aquele que não teme a escolha,
E faz a opção de simplesmente ser intensamente vivido.
NASCIDOS ANTES DE 1986
De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio dos 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebê eram pintadas com cores bonitas, com tinta à base de chumbo, que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas ‘à prova de crianças’ ou trincos nos armários, e podíamos brincar com as panelas numa boa.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes, cotoveleiras e joelheiras, e olha que Merthiolate ardia mais do que ácido. Quando éramos pequenos, viajávamos em carros sem cintos de segurança e airbags; viajar no banco da frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim, e não de garrafa, que na época nem vendiam. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e outras porcarias, mas dificilmente engordávamos, porque estávamos sempre loucos para brincar na rua com os amigos. Partilhávamos garrafas e copos com dezenas de colegas e nunca morremos por isso. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos em grande velocidade pela rua mais íngreme, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar algum tipo de freio. Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos sem contato com a família e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos Play Station, X Box, nada de 100 canais de televisão, filmes de vídeo, home-cinema, computadores, DVD, chat na Internet. A TV pegava apenas três canais.
Tínhamos amigos e, para vê-los, era só ir pra rua. Caíamos de muros e de árvores, nos cortávamos e até partíamos ossos dos nossos corpos. Havia lutas com punhos, mas nunca processamos ninguém por apanhar. Aprendíamos a andar na bicicleta do pai ou do vizinho, e chegávamos em casa com os joelhos todos esfolados.
Apertávamos as campainhas dos vizinhos e fugíamos, por medo de sermos apanhados.
Íamos a pé para a casa dos amigos. Acreditem ou não, íamos a pé para a escola. Não esperávamos que a mamãe ou o papai nos levassem, ou nos fossem buscar.
Criávamos jogos com simples paus e bolas. Brincávamos com pião e jogávamos bola na rua, e era na rua que aprendíamos a jogar futebol. As meninas pulavam corda e brincavam de bonecas, casinhas e de enfermeiras.
Se infringíssemos a lei, era impensável os nossos pais nos safarem. Eles estavam sempre do lado da lei e dos professores.
Essa geração produziu os melhores inventores, e os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com tudo.
Você é uma dessas pessoas? Parabéns! Você é uma pessoa de muita sorte e teve uma infância invejável.
Por Nolfeu Barbosa.