O NÁUFRAGO
Um gaúcho havia naufragado numa ilha há vários anos. Um dia ele viu algo que parecia uma pequena embarcação se aproximando da ilha. Esperançoso, ele ficou ali, com o olhar perdido no horizonte. Quando aquele vulto chegou na praia, ele percebeu que se tratava de uma mulher bonita e loira, nadando com uma roupa impermeável de mergulho. Ela se aproximou dele e perguntou:
- Gaúcho, há quanto tempo tu não fumas um cigarro?
- Bah! Há mais de quatro anos!
Ela abriu um zíper, no braço direito da roupa, e tirou dali um cigarro aceso, que entregou ao gaúcho. Ele fumou devagarinho, com um prazer indizível.
- Gaúcho, há quanto tempo tu não tomas um mate?
- Bah! Há mais de quatro anos!
Ela abriu o zíper, no braço esquerdo da roupa, e sacou dali uma cuia com o mais precioso mate amargo, e entregou ao gaúcho, que bebeu avidamente.
A roupa dela tinha um terceiro zíper, maior, que vinha do pescoço e descia até abaixo da barriga. Enquanto abria o zíper, lentamente e com olhar provocador, perguntou ao gaúcho:
- Há quanto tempo tu não comes uma carne saborosa?
- O quê?!! Vai dizer que tu tens um costelão 12 horas aí dentro???
FRIO INTENSO
O cacique de uma tribo indígena ligou para o serviço de meteorologia da cidade e perguntou se faria muito frio no inverno que se aproximava.
O meteorologista disse que sim, que faria muito frio. O cacique reuniu a tribo e mandou que cortassem árvores para fazer lenha e guardar.
Quando o inverno finalmente chegou, o cacique voltou a ligar e perguntou.
- Está confirmado que será um inverno rigoroso?
- Sim, achamos que será o pior inverno...
- E como vocês podem ter tanta certeza?
- Estamos monitorando os índios pelo satélite, eles não param de cortar árvores para produzir lenha!
AS AMIGAS
Duas amigas foram acampar. Uma delas era muito rica e a outra era muito pobre. A amiga rica vivia se exibindo, ostentando coisas caras e de marcas conceituadas.
À noite, depois de usar creme importado e colocar bobs no cabelo, a amiga rica resolveu dormir fora da barraca, para curtir o luar.
Durante a madrugada veio o jacaré e a engoliu, deixando só a cabeça de fora, por causa dos bobs.
Pela manhã, a amiga pobre acordou e, quando saiu da barraca, olhou para o jacaré com a amiga entalada na boca e disse:
- A bicha é poderosa, mesmo. Até o saco de dormir é da Lacoste!
O EMPREGO DO JUVENAL
Juvenal estava desempregado há meses. Numa sexta-feira ele foi fazer mais uma entrevista de emprego, numa empresa de grande porte. Ao chegar no escritório, o entrevistador lhe perguntou:
- Qual foi seu último salário?
- Quase 5 mil reais -, respondeu Juvenal.
- Se o senhor for contratado, ganhará 6 mil dólares por mês.
- Jura?
- O senhor tem carro?
- Tenho um carrinho velho, 2015.
- Se o senhor trabalhar conosco, ganhará um Audi zero para você e um Peugeot 308 zero para sua esposa.
- Sério?
- Se o senhor trabalhar aqui, viajará pelo menos 5 vezes por ano por todo o país: Rio de Janeiro, Maceió, Fortaleza, etc...
- Jura?
- E lhe digo mais... O emprego é quase seu. Só não lhe confirmo agora porque tenho que falar com meu gerente. Mas está praticamente garantido. Se, até a meia-noite de hoje, o senhor NÃO receber um telegrama nosso cancelando tudo, pode vir trabalhar na segunda-feira.
Juvenal saiu do escritório radiante. Chegou em casa e contou as boas novas.
Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa.
Nove horas da noite, a festa fervia. A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta...
Dez horas, e a mulher de Juvenal, aflita, achava tudo um exagero.
Onze horas, Juvenal era o rei do bairro. Gastou horrores, para o bairro inteiro beber e encher a pança. Tudo por conta do primeiro salário.
E a mulher, desconfiada e aflita...
Onze horas e cinquenta e cinco minutos. Vira na esquina uma motoca amarela, com o motoqueiro buzinando feito louco. Era dos Correios...
A festa parou. A banda se calou. Meu Deus, e agora? Quem pagaria a conta da festa?
“Coitado do Juvenal!” (era a frase mais ouvida).
A motoca parou.
- Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?
E o Juvenal, já quase sem voz:
- Sim, sou eu...
- Telegrama para o senhor...
A multidão não resistiu: OOOOOHHHHHHH!!!
Juvenal pegou o telegrama, ergueu a cabeça e olhou para todos.
Silêncio total! Respirou fundo, abriu o telegrama e começou a ler.
Olhou de novo para o povo e a consternação era geral.
O povo, em silêncio, aguardava a notícia e se perguntava:
- E agora? Quem pagará pela festa?
Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o povo, que o encarava...
Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um pulo, deu um berro triunfal e começou a gritar:
- Mamãe morreu! Mamãe morreu! Mamãe morreu!!!
Seleção de piadas feita por Nolfeu Barbosa.