Coluna: COLUNA DO BARBOSA

Pedidos de Natal (Nolfeu Barbosa)
22 de Dezembro de 2023 às 09:14
O clima de Natal tomou conta da Coluna do Barbosa desta sexta-feira, dia 22, que traz quatro belos textos para reflexão.
O clima de Natal tomou conta da Coluna do Barbosa desta sexta-feira, dia 22, que traz quatro belos textos para reflexão.

A essência do espírito natalino é comemorarmos o nascimento de Jesus Cristo, o Nazareno. Devemos louvar, com fé, o aniversariante do dia, e relembrar todo o sacrifício que ele fez por nós.
O período natalino é, sem dúvida, a época mais especial do ano. São dias mágicos e inesquecíveis para as crianças, que levam suas expectativas ao extremo, tanto com a chegada do Papai Noel quanto com a espera de ganhar os presentes desejados e tão aguardados.
Já para os adultos, o período natalino traz recordações e faz aflorar o espírito infantil que está adormecido em algum cantinho da memória. São lembranças de tempos felizes, passados junto aos familiares ou amigos.
É bastante comum, nesse período, fazermos pedidos como amor, saúde, harmonia no lar, paz de espírito, persistência para seguir adiante...
Mas também é tempo de fazer pedidos mais abrangentes, como altruísmo, compaixão, fraternidade, discernimento, bondade, empatia, solidariedade, resiliência e capacidade de doação.
Quando percebemos que o maior sentido da vida é sermos úteis aos nossos semelhantes, é sinal de que amadurecemos e nos tornamos pessoas melhores do que éramos antes.

O PRESENTE DE NATAL
Certa vez, um menino acordou numa véspera de Natal, muito contente, pois uma data muito importante estava para chegar.
Era o dia do aniversário do menino Jesus e, é lógico, o dia em que o Papai Noel vinha visitá-lo todos os anos.
Esperava ansiosamente o cair da noite, para voltar a dormir e olhar o seu pé de meia que estava frente à porta, pois não tinha árvore de Natal.
Dormiu muito tarde, para ver se conseguia pegar aquele “velhinho” de surpresa, mas como o sono era maior do que sua vontade, dormiu profundamente.
Na manhã de Natal, observou que seu pé de meia estava vazio, e que não havia presente algum em toda a sua casa.
Seu pai, desempregado, com os olhos cheios d’água, observava atentamente o seu filho, e esperava tomar coragem para falar que o seu sonho não existia, e com muita dor no coração o chama:
- Meu filho, venha cá!
- Papai?
- Fale, filho...
- O Papai Noel se esqueceu de mim?
O pai abraça seu filho, que volta a perguntar:
- Ele também esqueceu do senhor, papai?
- Não, meu filho… o melhor presente que eu poderia ter ganho na vida está em meus braços, e fique tranquilo, pois eu sei que o Papai Noel não esqueceu de você.
- Mas… todas as outras crianças vizinhas estão brincando com seus presentes… acho que ele pulou a nossa casa.
- Não pulou, não, meu filho...
Os dois saíram de casa e foram caminhando sem rumo, até chegarem num parque e ali passearam, brincaram e se divertiram durante o resto do dia, voltando somente no começo da noite. Chegando em casa, já muito cansado, o menino foi para o seu quarto, e escreveu um bilhete para o Papai Noel:
“Querido Papai Noel:
Quero agradecer pelo presente que o senhor me deu. Desejo que todos os natais que eu passe, faça com que meu pai esqueça de seus problemas, e que ele possa se distrair comigo, passando uma tarde maravilhosa como a de hoje.
Obrigado pela minha vida, pois descobri que não são os brinquedos que me fazem feliz, e sim o verdadeiro sentimento que está dentro de nós, que o senhor desperta em cada natal. Obrigado.”
E foi dormir…
Entrando no quarto para dar boa noite ao seu filho, o pai viu o bilhete e, a partir desse dia, não deixou que os seus problemas afetassem a felicidade deles, e começou a fazer com que todo dia fosse um natal para ambos.

A ROSA DE NATAL
Na noite em que o Menino Jesus nasceu, uma pequena pastora guardava seu rebanho no monte. Ela viu passar alguns pastores e três Reis Magos, que se dirigiam para o estábulo onde Jesus estava. Cada um dos pastores levava presentes, e os três reis magos levavam ofertas de ouro, incenso e mirra. A pequena pastora ficou triste, pois não tinha nada para oferecer ao Menino Jesus, e então começou a chorar. Nesse momento, um anjo que por ali passava, ao ver a tristeza da menina, transformou as suas lágrimas que caíam na terra gelada em lindas rosas brancas. Rapidamente, a pastora encheu seu coração de felicidade e rapidamente apanhou as flores e levou-as como oferta ao Menino Jesus.

A VELA DE NATAL
Um sapateiro vivia em uma cabana, na encruzilhada de um caminho, próximo a um pequeno e humilde povoado. Como era um homem bom e sempre estava disposto a ajudar os viajantes que passavam por ali durante a noite, o sapateiro sempre deixava uma vela acesa na janela da sua casa, de modo a guiá-los.
No entanto, uma grande guerra aconteceu, e todos os jovens tiveram que partir para servir ao exército, deixando a cidade vazia e triste. Ao perceber a persistência do pobre sapateiro em ajudar o próximo, os moradores resolveram manter a esperança e decidiram imitá-lo. Assim, naquela noite, véspera de natal, todos os moradores que ainda estavam na cidade acenderam velas em suas casas, iluminando todo o povoado. À meia-noite, os sinos da igreja tocaram, anunciando a boa nova: a guerra havia terminado e os jovens poderiam voltar para suas casas. Os moradores tomaram a notícia como um milagre, realizado graças às velas que foram acesas. A partir daquele dia, tornou-se uma grande tradição acender uma vela na véspera de Natal, enchendo as casas de luz, alegria, esperança e paz.

Por Nolfeu Barbosa.

 

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