OS DOZE PRATOS
Um príncipe chinês orgulhava-se de sua coleção de porcelana, de rara e antiga procedência, constituída por doze pratos assinalados por grande beleza artística e decorativa.
Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor, que fora vítima de uma circunstância fortuita.
A notícia tomou conta do Império, e, ás vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso, que se comprometeu a devolver a ordem à coleção, se o servo fosse perdoado.
Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerando ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel.
Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas.
Ante o estupor que tomou conta do soberano e da sua corte, o ancião, muito sereno, disse:
- Aí estão, senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar matar-me. Desde que essas porcelanas valem mais do que as vidas, e considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas, diante desses objetos, nada valem.
Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que não há nada mais precioso do que a vida em si mesma.
ALBERT EINSTEIN
Não desistir de tentar!
Além da Teoria da Relatividade, a persistência e luta pelos nossos sonhos é uma das principais lições que Einstein deixou para a humanidade.
Muita gente não sabe, mas o maior gênio do século XX era considerado um “mau aluno” e “completamente inútil” por seus professores da universidade. De origem humilde, ele passou dificuldades financeiras e esteve várias vezes desempregado após finalizar a faculdade.
Um grande problema na vida de Einstein é que ele era incompreendido, pois costumava ter várias ideias de pesquisas e de possíveis teorias que eram vistas como impossíveis de estarem certas. Assim, como ele passava muito tempo dedicando-se a elas, não era considerado um físico e matemático muito focado nem inteligente.
Entretanto, mesmo sendo totalmente desacreditado por seus professores e alguns familiares, Einstein não desistiu, e a sua incansável persistência o levou a conquistar o Prêmio Nobel de Física, em 1921, além de ser consagrado o mais memorável físico de todos os tempos! Ou seja, enquanto todos duvidavam do que ele dizia, ele estava revolucionando o mundo da física com sua capacidade de "ir além" e de acreditar no seu potencial.
Como Einstein costumava dizer:
“Há duas formas para viver a sua vida. Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.”
A PAZ PERFEITA
Houve um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar, numa pintura, a paz perfeita. Foram muitos os artistas que tentaram. O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas das quais ele realmente gostou.
A primeira era um lago muito tranquilo, um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre as montanhas havia um céu muito azul, com tênues nuvens brancas. Todos que olhavam para essa pintura viam refletida uma paz muito grande.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas, ao contrário da primeira, estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo descia uma turbulenta torrente de água. Tudo isso se revelava nada pacífico.
Quando se observava atentamente, atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Nesse arbusto encontrava-se um ninho. E ali, em meio ao ruído e à violência da cena, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho.
Essa foi a pintura escolhida pelo rei, que explicou:
“Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos em nosso coração.”
AMIZADE
Mais que uma mão estendida,
mais que um belo sorriso,
mais do que a alegria de dividir,
mais do que sonhar os mesmos sonhos,
ou doer as mesmas dores.
Muito mais do que o silêncio que fala
ou da voz que cala para ouvir,
é a amizade o alimento
que nos sacia a alma
e nos é ofertado por alguém
que crê em nós.
Seleção de textos feita por Nolfeu Barbosa.