Um dia, enquanto eu corria no parque, parei num banco e vi uma bolsa. Decidi abri-la e procurar documentos de seu proprietário, mas tinha somente uma carta velha e algumas moedas. O endereço de onde havia sido enviada ainda estava legível e a data era de 60 anos atrás. A carta era endereçada a uma mulher chamada Maria. O homem que enviava a carta dizia que não poderia voltar para ela; dizia que a amava muito, mas a sua família o obrigava a se casar com outra mulher. Mesmo que não pudesse se rebelar, seu coração seria para sempre dela. Eram palavras tristes e cheias de arrependimentos.
A carta terminava assim:
“Nunca irei te esquecer. Sempre seu, João.”
Fiquei comovida a tal ponto que decidi encontrar aquele endereço, para conhecer o homem que renunciara à mulher de sua vida.
As minhas pesquisas me levaram a descobrir que ele, agora, se encontrava em uma casa de repouso. Assim, me apresentei ali, para ver se era possível encontrá-lo. Nem eu sabia por qual motivo queria fazer isso, mas me deixei guiar pelo instinto. Quando o encontrei, mostrei-lhe a carta e, com lágrimas nos olhos, ele disse:
- A minha amada Maria... Meu pai me obrigou a me afastar dela, mas eu nunca a esqueci. Mesmo que não pudéssemos estar juntos, eu decidi não casar com a outra mulher. Ainda hoje eu penso na Maria, era linda.
Cumprimentei o homem e fui embora, com o coração apertado de tristeza. Enquanto eu descia as escadas, percebi que ainda estava com a bolsa que encontrei com a carta. Já ia voltar ao quarto do homem, quando um enfermeiro me parou, dizendo:
- Mas essa é a bolsa que a senhora Maria perdeu!
Eu não conseguia acreditar... O enfermeiro me disse que Maria estava num quarto no andar superior, e me levou até ela. Estava lendo um livro e ficou muito feliz que alguém tivesse encontrado a sua bolsa. Queria me pagar pela minha boa ação, mas eu recusei e insisti que ela me seguisse. Eu a levei até o quarto de João.
Quando os dois se viram, não disseram nada. Ficaram parados, olhando-se por alguns instantes... Aproximaram-se um do outro e continuaram se olhando, sem acreditar, até trocarem um longo e doce abraço.
Foi um momento muito emocionante. Saí dali sem conter as lágrimas. Pouco tempo depois recebi um convite da Casa de Repouso:
“Maria e João a esperam para o seu casamento.”
Eu estava muito honrada em ser testemunha desse grande amor. Dois idosos de 80 anos, apaixonados por toda uma vida, finalmente iriam coroar o seu sonho de amor.
Não pude deixar de pensar numa frase de Bram Stoker, que diz:
“Eu atravessei os oceanos do tempo para te encontrar.”
E, para eles, foi exatamente isso que aconteceu...
Abaixo, seguem alguns pensamentos e poemas de autoria desconhecida, mas que, erroneamente, aparecem nas redes como sendo de autores como Martha Medeiros ou Mário Quintana.
“Na convivência, o tempo não importa. Se for um minuto, uma hora, uma vida. O que importa é o que ficou desse minuto, dessa hora, dessa vida... Lembra que o que importa é que tudo o que semeares, tu colherás. Por isso, marca a tua passagem, deixa algo de ti... do teu minuto, da tua hora, do teu dia, da tua vida.”
“E as flores vão chegar num dia qualquer, apenas para informar-lhe como você é especial para alguém. Assim... Sem um motivo ou data especial.”
“Nesta vida temos três professores importantes: o Momento Feliz, o Momento Triste e o Momento Difícil. O Momento Feliz mostra o que não precisamos mudar. O Momento Triste mostra o que precisa ser mudado. O Momento Difícil mostra que somos capazes de superar muitas coisas.”
“Amar não é se envolver com a ‘pessoa perfeita’, aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera, real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.”
“Fechei os olhos para não te ver, e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei...”
“Na solidão da penumbra do amanhecer, via você na noite, nas estrelas, nos planetas, nos mares, no brilho do sol e no anoitecer. Via você no ontem, no hoje, no amanhã. Mas não via você no momento. Que saudade...”
“Nossa loucura á a mais sensata das emoções; tudo o que fazemos deixamos como exemplos para os que sonham, um dia, serem assim como nós: LOUCOS... mas FELIZES!”
“Livros não mudam o mundo; quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.”
“A vida fica muito mais fácil se a gente sabe onde estão os beijos de que precisamos.”
“As pessoas não estão no mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer as delas. Temos que nos bastar, nos bastar sempre...”
Seleção de textos feita por Nolfeu Barbosa.