TEMPO CERTO (Paulo Coelho)
De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas; tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo e aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo.
Mas alguém poderia dizer: Qual é esse tempo certo?
Bom, basta observar os sinais. Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais indicando o caminho certo. Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa. Basta você acreditar que nada acontece por acaso. Talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas. Tente observar melhor o que está a sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto, e você nem os notou, ainda...
Lembre-se que o universo sempre conspira a seu favor, quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.
MARCAS DA VIDA (Paulo Roberto Gaefke)
Cuida da imagem que você anda deixando por onde passa. Que lembrança você anda gravando nas pessoas? Você é o símbolo da alegria, da bondade, da esperança, ou vive amargurado e passa para todo o mundo a dor, a revolta, o desespero, a falta de esperanças? Por onde você passa, você fala de realizações, de boas energias, tem sempre uma boa notícia, uma palavra amiga, um gesto de esperança, ou leva a reclamação, a agonia, o gemido constante, os olhos sempre úmidos de lamentação? Onde você chega as pessoas se aproximam para cumprimentar e querem abraçá-lo com festa ou se afastam com mil desculpas pela sua negatividade?
Se você olhar agora no espelho, seu rosto vai mostrar a alegria de quem tem a certeza da vitória, ou a tristeza de quem se acostumou com a dor da derrota? Seu rosto é a expressão de quem espera alguém ou alguma coisa para ser feliz, ou de quem já se conformou com o que tem?
Marque a sua caminhada pela terra com marcas indeléveis, que nunca se apagam, escreva com o coração tudo o que fizer, pois assim as dores serão passageiras na sua vida. Carregue em você a semente da alegria e distribua para todos que se aproximarem, assim nunca faltarão amigos dispostos a dividir o peso da sua jornada. Conquiste amigos em todos os lugares por onde andar e conquistará um tesouro eterno, que nenhum ouro poderá pagar.
Que a sua marca de vida seja a alegria, assim deixará para sempre uma lembrança suave de quem será amado para sempre.
FELICIDADE REALISTA (Martha Medeiros)
A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode, ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontra-la e deixá-la ir embora, por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormentam e provocam inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
REFLEXÃO:
Às vezes a felicidade está tão próxima de nós e não a percebemos. Busque a sua felicidade, mas não faça disso uma obsessão. Ria, brinque, chore, sofra de vez em quando, mas não esqueça de, nesse intervalo, viver intensamente, de aproveitar cada momento, pois esse é o caminho natural para uma vida feliz.
Até a próxima sexta-feira!
Por Nolfeu Barbosa.