Coluna: COLUNA DO BARBOSA

Tópicos variados
29 de Abril de 2022 às 08:00
O Abril Laranja, a violência que assola o futebol e a proliferação das fake news neste período que antecede as eleições são alguns tópicos abordados por Nolfeu Barbosa em sua coluna de hoje, 29 de abril.
O Abril Laranja, a violência que assola o futebol e a proliferação das fake news neste período que antecede as eleições são alguns tópicos abordados por Nolfeu Barbosa em sua coluna de hoje, 29 de abril.

ABRIL LARANJA

Nem todos sabem, mas existe um mês dedicado à busca da conscientização das pessoas sobre maus-tratos praticados contra os animais (sejam eles domésticos ou selvagens, grandes ou pequenos). Essa campanha tem o nome de Abril Laranja e tem, como objetivo, prevenir e conscientizar a população sobre o combate à crueldade animal. A iniciativa foi criada em 2006 pela ASPCA (sigla que, traduzida, significa Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais). A escolha pelo mês de abril é porque a ASPCA foi fundada nesse período. No mês instituído como Abril Laranja, as entidades de proteção aos animais reforçam a importância da prevenção contra a crueldade praticada contra os animais. Há muitas leis, em nosso país, que visam proteger os animais, mas muitas pessoas nem sequer as levam em consideração. A Lei 9605, de 12-02-1998, por exemplo, em seu artigo 32, já tratava desse assunto. Vejamos abaixo:

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Com o passar do tempo, percebeu-se que essa pena era muito branda e não desestimulava a ação dos agressores de animais. Assim, foi promulgada, em setembro de 2021, a Lei 14.064/20, também conhecida como Lei Sansão, em homenagem a um cão da raça Pitbull, que teve as patas traseiras decepadas por seus agressores. Essa lei traz penas mais severas para quem maltrata os animais, mudando de detenção para “reclusão de dois a cinco anos, além de multa e perda da guarda do animal maltratado”.

Devemos ter a consciência de que, ao adotarmos um animal de estimação, estamos assumindo um compromisso moral com aquele pequeno ser. Não é como um objeto, que usamos ao nosso bel-prazer e depois o descartamos. O ideal é que o ato de adoção seja duradouro, pelo menos até o fim da existência de um dos dois (adotado e adotando). Por isso, pense muito bem antes de adotar o seu animalzinho de estimação.

SOBRE O FUTEBOL

O futebol, esporte muito amado por nós, brasileiros, vive uma verdadeira guerra. Não uma guerra bélica, como essa que assola a Ucrânia, mas uma guerra social e moral, que fere gravemente os princípios éticos e morais dos amantes desse esporte. Cenas de agressão e selvageria estão se tornando comuns no meio futebolístico. Isso faz com que as notícias sobre o futebol frequentem as páginas policiais quase tanto quanto frequentam as páginas esportivas. Já tivemos quebra de cabine do VAR, objetos arremessados contra os ônibus de jogadores e até telefone celular jogado no rosto de um jogador. O goleiro Cássio, do Corinthians, foi ameaçado de morte, juntamente com seus familiares, por um torcedor inconformado. O filho do Edenilson, volante do Internacional, recebeu um vídeo dizendo que seu pai iria morrer. O técnico da Desportiva Ferroviária deu uma cabeçada na assistente de arbitragem. Houve, ainda, um caso mais grave no interior do Rio Grande do Sul, quando o árbitro Rodrigo Crivellaro foi agredido por um jogador, com soco e pontapé, tendo desmaiado em campo e ficado vários meses sem poder trabalhar. Felizmente, para ele, conseguiu se recuperar e voltou a apitar uma partida de futebol, na semana passada, depois de seis meses de inatividade.

Sobre as agressões praticadas por torcedores, geralmente elas envolvem membros de torcidas organizadas dos clubes. Alguns marginais, travestidos de torcedores, infiltram-se nessas torcidas e ali dão vazão a toda a sua fúria e agressividade, o que acaba prejudicando os próprios clubes.

Já faz um tempo que eu tenho defendido, em minhas manifestações sobre esse assunto, a extinção de todas as torcidas organizadas, visto que elas trazem mais prejuízos do que benefícios aos clubes em que estão inseridas. Mas, pelo visto, as direções dos clubes têm outra opinião sobre isso.

SOBRE AS ELEIÇÕES

É difícil, para o cidadão comum, entender os meandros da política, já que ela se presta a conchavos, traições e até a maracutaias. E é tudo feito “dentro da lei”. É um tal de pula-pula de um partido para o outro, sem nenhum respeito às ideologias partidárias, isso sem falar nas alianças espúrias, praticadas tanto por senadores quanto por deputados federais.

É justamente nesse período que antecede as eleições, que proliferam as mensagens falsas, chamadas de “fake news”, com vídeos, imagens e textos adulterados ou inverídicos, atacando ora um, ora outro candidato. Ao repassarmos as fake news, corremos dois riscos: o primeiro é passarmos por desinformados, junto a quem enviarmos as mensagens; o segundo risco é ainda mais grave, pois podemos incorrer nos crimes de injúria, calúnia ou difamação. Fique atento e não se deixe levar pelo entusiasmo do momento. Pesquise cada mensagem política recebida, seja contra ou a favor de seu candidato, antes de repassá-la a alguém.

Existem vários meios de se comprovar a veracidade de uma mensagem. Temos alguns sites especializados em desvendar mensagens falsas, como o Boatos.org, E-Farsas.com, Comprova, Fato ou Fake, Agência Lupo, Fake Check. O site Comprova possui WhattsApp, pelo qual podemos enviar textos, imagens e até vídeos, para serem averiguados.

E lembre-se: na dúvida, NÃO repasse, para evitar possíveis dissabores.


Por Nolfeu Barbosa.

 

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