Coluna: BALADAS.

Que noite, que energia! Kósmica Hits sacudiu o público da Dom Carlos Cervejaria no último sábado, 10/05
14 de Maio de 2025 às 00:52
A apresentação da Kósmica Hits foi uma experiência vibrante, repleta de grandes hits do pop rock nacional e internacional, criando uma atmosfera super animada e envolvente.
A apresentação da Kósmica Hits foi uma experiência vibrante, repleta de grandes hits do pop rock nacional e internacional, criando uma atmosfera super animada e envolvente.

Quem esteve na Dom Carlos Cervejaria na noite do último sábado, dia 10 de maio, sentiu o rock pulsar no palco com mais um show memorável da Kósmica Hits. Aliando carisma, energia e talento de sobra, a apresentação da banda santamariense foi uma experiência vibrante, repleta de grandes hits do pop rock nacional e internacional, criando uma atmosfera super animada e envolvente.

Exata uma semana antes, na noite de 03 de maio, a Kósmica havia se apresentado na 17ª Fecoarti para um público na casa de milhares de pessoas. Na ocasião, por força do tempo limitado de show, a banda executou um repertório musical mais enxuto do que o habitual, praticamente reduzido pela metade, mas que foi o suficiente para conquistar a galera. De volta à Dom Carlos, onde o último show havia sido em dezembro passado, o set list foi bem mais generoso, contemplando ao todo 40 canções.

Eram passadas pouco mais das 23 horas do sábado quando Viviane Maxwell (com seu chapeuzinho inconfundível), Juliana Farina, Thiago Mucenecki, Mateus Bortoluzzi e Alexandre "Chibo" Pacheco (emulando Sady Homrich, baterista do Nenhum de Nós) assumiram o palco para comandar um noite pra lá de animada. Os trabalhos musicais do sábado foram abertos por Vivi com um clássico oitentista da banda inglesa Eurythmics, "Sweet Dreams". Logo em seguida, Ju Farina assumiu o microfone na segunda e terceira músicas, com dois clássicos do rock nacional: "Na Sua Estante" - Pitty e "Fixação" - Kid Abelha (canção lá de 1984, quando a banda de Paula Toller carregava no nome o complemento "& Abóboras Selvagens"). E assim, ao longo da apresentação, Vivi e Ju foram se revezando nos vocais, interpretando músicas condizentes com seus respectivos timbres de vozes.

Aliás, convém dizer que o fato de contar com dois vocais femininos de timbres totalmente diferentes é um dos trunfos da Kósmica, o que permite explorar uma maior variedade de canções em seu repertório musical. E por falar em repertório, o set list diferenciado é outro ponto a favor da banda e que acaba cativando o público, pois em geral, bandas de rock (em especial, as iniciantes), costumam elencar nos seus shows canções que já se tornaram verdadeiras "figurinhas carimbadas", tais quais como "Smoke on the Water", "Sweet Child O' Mine" ou "Smells Like Teen Spirit". Claro que clássicos são sempre bem vindos, mas acabam tornando o repertório um tanto quanto previsível. E é justamente nesse ponto que está o grande mérito da Kósmica, ou seja, fugir do óbvio e trazer inovações musicais para seus shows, contemplando canções até então inimagináveis, com uma pegada mais pop, mas que acabam ganhando um roupagem de rock, vindo a agradar desde os rockeiros mais "soft" quando aqueles considerados mais "hard". E deste modo, a Kósmica consegue conquistar um séquito fiel de admiradores e, de quebra, ainda contribui para a renovação do público do rock.

E de um rol de 40 canções escolhidas para a noite, fica até difícil escolher algumas para citar com o propósito de mostrar a diversidade musical do repertório... Teve "Your Love" - The Outfield, "Rádio Pirata" - RPM, "It's a Heartache" - Bonnie Tyler, "Sonífera Ilha" - Titãs... "Maniac", de Michael Sembello, e que foi tema do filme "Flashdance, de 1983, foi uma das gratas surpresas da noite, na qual o guitarrista Thiago Mucenecki tirou um solo de arrepiar. Teve também aquela sequência musical tradicional nos shows da Kósmica, que enfileira canções com nomes de garotas: "Carla" - LS Jack, "Anna Júlia" - Los Hermanos e "Camila, Camila" - Nenhum de Nós. Mas talvez o momento mais importante da noite tenha sido o lançamento da canção autoral da banda, intitulada "A Cada Segundo". E daí para diante, a diversão tomou conta do público. Quando chegou a vez da penúltima canção do repertório, o guitarrista Thiago Mucenecki concedeu uma breve folga para Vivi e Ju, e se puxou nos vocais para cantar a clássica "Tempo Perdido" da Legião Urbana (a galera vibrou e cantou junto). A apresentação encerrou com "Do Seu Lado", composta por Nando Reis e oferecida ao Jota Quest, que gravou no disco "MTV: Ao Vivo".

E foi assim que encerrou a noite de sábado, com mais um belo show da Kósmica na Dom Carlos Cervejaria. Esperamos que a banda volte muito em breve para nos proporcionar um novo momento de puro prazer musical.

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