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Prefeito de Criciúma é preso em ação
03 de Setembro de 2024 às 15:14
Divulgação / Agência Alesc
Divulgação / Agência Alesc

Dez pessoas foram presas preventivamente nesta terça-feira (3) durante operação que investiga crimes relacionados à concessão de serviços funerários em Criciúma, no sul de Santa Catarina. Entre os detidos está o prefeito da cidade, Clésio Salvaro (PSD). As informações são do portal g1.

Em resposta à prisão, a administração municipal informou que não recebeu nenhuma comunicação oficial. Já a equipe de Salvaro divulgou um vídeo em que o prefeito nega qualquer envolvimento em crimes, atribuindo a situação a motivações políticas — atualmente, ele cumpre seu segundo mandato e não pode concorrer à reeleição.

Outros investigados também foram presos nesta manhã em Jaraguá do Sul, no norte do Estado, em São José, na região metropolitana de Florianópolis, e na capital catarinense. Todos os detidos foram submetidos a exame de corpo de delito e encaminhados ao sistema prisional, onde aguardarão audiência de custódia nas respectivas cidades onde ocorreram as prisões.

As investigações estão sendo conduzidas em sigilo.

A ação faz parte da segunda fase da Operação Caronte, deflagrada em 5 de agosto deste ano, que incluiu buscas na sede da prefeitura de Criciúma. Na ocasião, sete mandados de prisão preventiva foram cumpridos.

A operação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac), ambos ligados ao Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), com o apoio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos.

Primeira fase
Conforme informações do Gaeco, os envolvidos na primeira fase da operação foram denunciados no dia 26 de agosto. Eles agora respondem por crimes como organização criminosa, fraudes em licitações e contratos, corrupção, além de crimes contra a ordem econômica e a economia popular.

Entre os suspeitos estão empresários e servidores públicos. Os nomes dos outros envolvidos não foram revelados.

Defesa do político
Logo após a confirmação da prisão, a equipe de Salvaro divulgou um vídeo em que o prefeito comenta a operação realizada nesta terça-feira:

— Eu tenho certeza da minha inocência. Jamais, em momento algum e o processo vai ficar livre. Não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada, nada, nada que possa me incriminar — disse o político em um trecho da gravação.

O partido de Salvaro, o PSD, também divulgou nota manifestando sobre a prisão:

O PSD de Santa Catarina e o PSD de Criciúma acompanham com atenção a prisão de um dos seus grandes líderes, Prefeito Clésio Salvaro, com uma administração muito bem avaliada pela população. O ato ocorre faltando poucos dias para a eleição municipal. Não queremos crer em qualquer interferência política nesta decisão, o Partido aguarda e confia na justiça em todas suas instâncias.

Operação Caronte
Nomeada “Operação Caronte”, a ação faz referência ao barqueiro de Hades na mitologia grega, responsável por transportar as almas dos recém-falecidos através das águas dos rios Estige e Aqueronte, que separavam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Aqueles que não podiam pagar a taxa ou cujos corpos não haviam sido enterrados eram obrigados a vagar pelas margens dos rios por cem anos.

Nota da prefeitura
“A Administração Pública do Município de Criciúma, por meio da Procuradoria-Geral, informa que, até o presente momento, não foi comunicada oficialmente acerca dos fatos veiculados na mídia em geral, envolvendo o Prefeito Clésio Salvaro.

Maiores informações advirão conforme o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), acionar o Município.

Reforçamos que todos os serviços públicos municipais permanecem sendo prestados normalmente.”

O que dizem as defesas dos demais alvos
Gilberto Machado Junior e Luiz Cavalli: ambos são defendidos pelo escritório Ferreira & Schaefer Martins Advogados. O advogado Francisco Ferreira diz que ainda não teve acesso à decisão, mas que pelos fatos iniciais entende que não há contemporaneidade, o que não justificaria as prisões.
Fábio Leier e Guilherme Mendonça: são defendidos pelo advogado Hélio Brasil. Ele alega que não há fatos novos que motivariam a prisão, e que já há denúncia da primeira fase sem que houvesse mudanças no cenário da investigação.
Eduardo D’Avila: é defendido por William Shinzanto, que foi procurado pela coluna, mas não atendeu à ligação.
Helio da Rosa Monteiro e Henrique Monteiro: são defendidos por Marco Antonio Colombo Zapellini, que disse que não vai se manifestar antes de se inteirar sobre a investigação.
Juliano da Silva Deolindo: o advogado dele é Thalys Ricardo Batista. O defensor não irá se manifestar por enquanto e está lendo a decisão.
Juliane Abel Barchinski: a reportagem do g1 SC não teve acesso à defesa dela.

Dez pessoas foram presas preventivamente nesta terça-feira (3) durante operação que investiga crimes relacionados à concessão de serviços funerários em Criciúma, no sul de Santa Catarina. Entre os detidos está o prefeito da cidade, Clésio Salvaro (PSD). As informações são do portal g1.

Em resposta à prisão, a administração municipal informou que não recebeu nenhuma comunicação oficial. Já a equipe de Salvaro divulgou um vídeo em que o prefeito nega qualquer envolvimento em crimes, atribuindo a situação a motivações políticas — atualmente, ele cumpre seu segundo mandato e não pode concorrer à reeleição.

Outros investigados também foram presos nesta manhã em Jaraguá do Sul, no norte do Estado, em São José, na região metropolitana de Florianópolis, e na capital catarinense. Todos os detidos foram submetidos a exame de corpo de delito e encaminhados ao sistema prisional, onde aguardarão audiência de custódia nas respectivas cidades onde ocorreram as prisões.

As investigações estão sendo conduzidas em sigilo.

A ação faz parte da segunda fase da Operação Caronte, deflagrada em 5 de agosto deste ano, que incluiu buscas na sede da prefeitura de Criciúma. Na ocasião, sete mandados de prisão preventiva foram cumpridos.

A operação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac), ambos ligados ao Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), com o apoio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos.

Primeira fase
Conforme informações do Gaeco, os envolvidos na primeira fase da operação foram denunciados no dia 26 de agosto. Eles agora respondem por crimes como organização criminosa, fraudes em licitações e contratos, corrupção, além de crimes contra a ordem econômica e a economia popular.

Entre os suspeitos estão empresários e servidores públicos. Os nomes dos outros envolvidos não foram revelados.

Fonte: Observador Regional.

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