A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou na tarde desta sexta-feira, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai permanecer no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, junto com a militância do partido.
Segundo a petista, ao permanecer no sindicato, mesmo após o fim do prazo dado pelo juiz Sérgio Moro para que ele se entregasse, não está descumprindo nenhuma ordem judicial. Ela ressaltou que decisão de Moro dava a opção a Lula, mas não o obrigava. "O sindicato é um local público".
Com um discurso forte, a presidente do PT falou em luta até o final. "Não espere que a gente caminhe para o brete de cabeça baixa, como em um matadouro. É aqui que estamos e ficaremos para mostrar ao Brasil a nossa luta".
Gleisi disse que haverá amanhã, na sede do sindicato, às 9h30min, uma missa em homenagem a Dona Marisa, mulher de Lula que faleceu no ano passado. A petista disse ainda que Lula decidiu ficar porque ainda aguarda as manifestações da ONU e do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a recursos que aguardam resultado.
"Moro deu a opção de Lula ir a Curitiba, mas ele escolheu ficar em um endereço público. Resolveu ficar no lugar símbolo de resistência e luta dos trabalhadores e trabalhadoras", discursa a presidenta do PT, @gleisi , no Sindicato dos Metalúrgicos. #OcupaSaoBernardo
Em março o TRF4 negou os embargos de declaração da defesa do ex-presidente. Na madrugada da última quinta-feira o STF, por 6 votos a 5, negou habeas corpus preventivo. No final do dia Moro determinou a prisão.
Durante a sexta-feira os advogados do petista ingressaram com um pedido de habeas corpus no STJ, que também foi negado. A prisão de Lula foi decretada com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado em 2016, que autorizou a execução provisória da pena de condenados pela segunda instância da Justiça.
Fonte: Correio do Povo.