Lembranças de amigos, o recital da nossa vida.
17 de Novembro de 2017 às 09:00
Lembranças de amigos, o recital da nossa vida.
E na coluna desta sexta, 17/11, Oliveira Júnior nos brinda mais uma vez com um belo texto que fala da mistura de música com as lembranças de amigos.

Sempre fui ligado ao rock'n'roll. Alguém deve lembrar do "Especial 99", aos sábados, das 21h à meia noite, na Iguaçu FM. Aliás, os colegas todos praticamente reuniam-se conosco no estúdio da emissora pra acompanhar as "sonzeras" que rolavam, onde a gente contava a história das bandas, roqueiros e tal, mesclando, claro, com os mais famosos hits que agitavam os tempos. Tenho certeza que a Vera Costa, que era gerente da emissora, o Julio Barcelos, a Maria Soares, o Edson Pop, o Paulo Tusi, o Alberi, Antonio, etc, devem lembrar daquele programa que fazia os embalos dos sábados à noite, Ah, sim, depois a gente curtia a night com direito a "comes e bebes".

Pois é, mas apesar da minha eterna ligação com o mundo do rock, relembro com prazer do Clube Amigos de Beethoven, o qual tinha um programa na Rádio Santiago, muito bem produzido e apresentação impecável dos seus integrantes, como Dr. Disconzi, Valdelir Perufo, entre outros. Os jantares do referido clube eram saborosíssimos. O apresentador contava a biografia dos eruditos em destaque, à luz de velas, tudo dentro de um respeitoso silêncio reverenciando o momento. Quando participei como convidado, parecia-me que estava num daqueles salões nobres que nos encantam nos filmes.

Conferindo as festividades de Santiago, relembrei a Academia Carlos Gomes da Terra dos Poetas, sendo que a mesma, lá pelos anos 90, presenteou-me com um busto do Ludwig Van Beethoven, nascido em Bonn, Alemanha, no dia 16 de dezembro de 1770. Meu também ídolo Beethoven, no ano de 1824, apresentou pela primeira vez, a 9ª Sinfonia, aliás, minha preferida. Ele veio a falecer em Viena, Áustria, no dia 26 de março de 1827. Sou um dos milhões que reverenciam o famoso compositor alemão, que se destacou no período de transição entre o Classicismo no século XVIII e o Romantismo, século XIX.

Recordo-me perfeitamente quando recebi da Academia Carlos Gomes o busto em mármore das mãos da intelectual professora Dinorá Campelo, a qual com sua tradicional simpatia, me passou às mãos o presente, o qual é uma das minhas relíquias. Amigos da Academia Carlos Gomes, não tenho como esquecer vocês e dedico-lhes as músicas mais maviosas e indeléveis que possam existir. O tempo passa, mas não passam as lembranças dos momentos mais empolgantes das nossas vidas. Quando misturamos músicas e lembranças de amigos, a receita é o recital da nossa vida.



Direto da serra gaúcha- Oliveira Junior.