Quem parte deixa saudade
06 de Outubro de 2017 às 09:02
Quem parte deixa saudade
Em sua coluna semanal, Oliveira Júnior faz referências ao professor Júlio Rafael, recentemente falecido.

Na maioria das vezes inicio essa coluna discorrendo sobre cultura, sobre muitos dos passos que damos nessa terra, todavia, e é de cultura sim que me reporto na gênese desse espaço. Refiro-me à passagem do nobilíssimo professor Júlio Rafael Fortes da Silva, já nos planos divinos. Pra minha honra, ele foi meu professor de matemática na Escola Cristóvão Pereira. Sempre muito bem quisto pelos alunos e colegas do corpo docente, tinha facilidade para transmitir a matéria sem se estressar. A gente sabe, matemática, quando o aluno não domina os números, atribui ao mestre. Mas nada disso, o professor Júlio tinha sua maneira cortês e diferentes fórmulas para chegar ao denominador comum. Aliás, o "Cristóvão" sempre foi muito bem servido de professores de matemática, a exemplo também do professor Vilmar Guerino Rosa, professora Geni entre outros gabaritados mestres.

 Pois o professor Júlio nos deixa um legado indelével, porque, além de ajudar na formação intelectual de tantos santiaguenses, também foi um homem dedicadíssimo ao esporte, visto que esteve à frente do Cruzeiro de Santiago, presidindo nosso querido estrelado da terra dos poetas. O professor Júlio era natural de Manoel Viana, terra da praia e camping Rainha do Sol, do lindo rio Ibicuí, da ponte General Osório, cuja construção pelo DAER iniciou em 1945 e inaugurada em 1950, terra da barragem do Itu, iniciada lá nos anos 60, mas, infelizmente como tantos outros projetos, não decolaram. Aliás, tive igualmente o privilégio de residir naquela terra, a qual enquanto pertencia a São Francisco de Assis, era considerada a maior vila do Brasil, passando a categoria de município a 20 de março de 1992. Alô professor Rubinho Skill, sei que o senhor tem parentes por lá e que da mesma maneira curte aquele chão. O professor Júlio Rafael partiu deixando saudade e também deixando imensa cultura.

 A gente vive cometendo injustiças, não é verdade? Eu já comentei aqui sobre tantos colegas de rádio em Santiago, só que as vezes analiso e vejo que de alguns acabei olvidando. Correria, entusiasmo, sabe lá, mas, acontece. Questão de justiça, meu fraterno abraço ao Paulo Pinheiro, pois o mesmo foi meu grande colega na Verdes Pampas FM, assim como a Mara Batu, o Dindo. Cito igualmente o Gelson e Sergio Limana, o Marcelo Brum, a Claudete Minussi, etc, etc. Bom, imagina se eu fosse nominar aqui o nome de todos meus colegas de rádio e jornal, visto que já trabalhei em 22 emissoras. Alozérrimo, meu amigo Jucelino Medeiros no Alegrete de Osvaldo Aranha, Jair Soares, onde esteve com a gente na Verdes Pampas e hoje dirije a Band FM na terra dos marechais. Meu amigo Robério Goulart da Silva, ex- Verdes Pampas, colegas na Viva FM e agora ele labutando na sua terra, Itaqui, na Liberdade FM. Só feríssimas. Ao lado de seres dessa estirpe e outros tantos que já comentei, eu começaria tudo outra vez. A todos vocês, meu melhor muito obrigado e obrigado por vocês existirem.

 

Direto da serra gaúcha, Oliveira Junior.