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Jaguari é alvo de investigação da Polícia Federal sobre fraude em terceirização de serviços de saúde

Investigação descobriu organização social que era responsável pela administração e desvio de recursos de hospitais em outros três municípios.

01 de Dezembro de 2020 às 11:06
Jaguari é um dos alvos da operação Paciente Zero, deflagrada pela Polícia federal na manhã desta terça, dia 1º.
Jaguari é um dos alvos da operação Paciente Zero, deflagrada pela Polícia federal na manhã desta terça, dia 1º.

 A Operação Paciente Zero, com o objetivo de investigar fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e corrupção a partir da terceirização de serviços da saúde, foi deflagrada na manhã desta terça-feira, 1º de dezembro, pela Polícia Federal. Estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão nos municípios de Jaguari, Ijuí, Saldanha Marinho, Trindade do Sul e São José do Herval. 

Para a deflagração da operação, foram mobilizados 75 policiais federais.

A investigação teve início a partir de informações recebidas do Hospital Filantrópico de São José do Herval, a 200km de Porto Alegre, relatando que a gestão anterior havia contratado, em 2014, empresa de consultoria que seria destinatária de 35% de todas as verbas do SUS repassadas ao hospital.

Segundo a PF, Jaguari dispensou licitação para contratação direta da Organização Social administrada pelo grupo investigado, com sede em Saldanha Marinho, para administrar seu Hospital de Caridade, permitindo que o grupo expandisse sua atuação para outras regiões do Estado.

Contraponto

A assessoria jurídica da Prefeitura de Jaguari negou que tenha dispensado licitação para contratar a empresa investigada pela Polícia Federal.

“Fomos pegos de surpresa pela operação policial e estamos cooperando. Caso nós sejamos intimados, apresentaremos a documentação que comprova que todo o processo de contratação transcorreu dentro da legalidade”, afirmou o assessor jurídico da prefeitura Eduardo Diefenbach.

Conforme o Executivo Municipal, são desembolsados mensalmente R$ 246 mil para o custeio do serviço prestado pela empresa. Além disso, a prefeitura cede o prédio, que é de sua propriedade, para a operação do hospital.

O município disponibilizou todos os documentos solicitados e irá se habilitar no processo para colaborar com as investigações.

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