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Santiago palco de passagens importantes para a historia do Rio Grande do Sul

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02 de Julho de 2019 às 12:10
Praça Moisés Vianna anos 30
Praça Moisés Vianna anos 30

O nome Santiago deriva de uma homenagem a São Thiago.

Ele foi enviado à Espanha para pregar o Evangelho e, de volta à Palestina, no ano 44 DC, foi decapitado pelo rei Herodes. Seus discípulos levaram seus restos mortais para a região da Galícia, na Espanha, enterrando-os em um bosque, onde ergueram um altar sobre a "Arca Marmórea". 

Passados alguns séculos, no ano de 813 DC, foram observados resplendores e cânticos no local. O bispo foi avisado e descobriu-se, através de inscrições na lápide, que a Cripta Mortuária pertencia a São Thiago. O rei também foi informado da descoberta e mandou erguer no local um santuário e proclamou o apóstolo como padroeiro da Espanha.

O local da cripta passou a atrair milhares de peregrinos em busca de milagres e bênçãos . O trajeto percorrido pelos fiéis deu origem ao místico "Caminho de Santiago".
 
Da época dos carreteiros que passavam por Santiago em direção a outros estados do Brasil ou aos países vizinhos, para transportarem suas mercadorias, passaram-se aproximadamente 300 anos. Foi um período escrito com sangue e passagens importantes para a historia do Rio Grande do Sul.
 
Santiago foi cenário da Revolução Federalista de 1893. Na localidade denominada de Capão da Batalha, Gumercindo Saraiva, líder das tropas federalistas, foi ferido de morte, em 1894.
 
Houve a participação de santiaguenses na Coluna Prestes e na Revolução de 1923.
 
São Thiago, Sam Thiago e Santiago são as únicas grafias encontradas na documentação jesuítica, datado de 13 de maio de 1756, e em todos os papéis oficiais sobre o povoamento das Missões.
 
Santiago era um posto (subdivisão) da Estância de São Miguel, vasto empório de gado bovino povoado com 40.000 cabeças originárias da chamada Vacaria do Mar e que possuía, em números redondos, uma superfície aproximada de oitenta léguas quadradas, estendendo-se até a Coxilha Grande, entre as cabeceiras dos rios Taquarembó e Jaguari.
 
A seis quilômetros mais ou menos do campo de Ibasso ficava o posto de Santo Antônio ou Santo Antonio de Taroquem, cujas cercas de pedras ainda podem ser vistas.
 
Esse reduto avançado do trabalho jesuita, após a batalha de Caiboaté, foi abandonado pelos seus moradores que, em fuga , se refugiaram em Santiago, mais distantedo conflito e em cuja tosca capela de pau-a-pique e capim foi rezado o primeiro responso solene pela alma de Sepé Tiaraju.
 
Em 1856, segundo José Heméterio Velloso da Silveira, havia apenas três casas, sendo uma do comerciante português Antonio José da Rocha. Durante a invasão na  Guerra do Paraguai, Santiago já era uma comunidade com mais de 40 casas batidas, sendo 6 de negócio.
 
A origem de nossa cidade é irrefutavelmente jesuítica.
 
Santiago, durante sua  evolução, foi "Povinho" nome dado pelos espanhões, até 26 de dezembro de 1866, quando passou a ser designada Freguesia de São Thiago do Boqueirão; passou a ser chamada Vila São Thiago do Boqueirão em 4 de janeiro de 1884, (data em que está comemorando atualmente seu aniversário), e, finalmente elevada à categoria de cidade em 31 de março de 1938.

Por Eden Perez

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