Coluna: Geral RS

Força-tarefa da Lava Jato prende o ex-presidente Michel Temer
21 de Março de 2019 às 13:25
Força-tarefa da Lava Jato prende o ex-presidente Michel Temer | Foto: Marcos Correa / Presidência / Divulgação / CP
Força-tarefa da Lava Jato prende o ex-presidente Michel Temer | Foto: Marcos Correa / Presidência / Divulgação / CP

A força-tarefa da Lava Jato prendeu o ex-presidente Michel Temer na manhã desta quinta-feira em São Paulo. Três carros descaracterizados deixaram a casa do presidente, no Alto de Pinheiros. Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia, foi detido hoje no Rio de Janeiro. O ex-ministro Eliseu Padilha também é alvo da operação.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Temer foi encaminhado à sede da PF em São Paulo e passou por exame de corpo delito e agora segue para o Rio de Janeiro, cidade onde foram originados os mandados de Bretas.

Delações de Sobrinho e Funaro
A operação de hoje é decorrente da Operação Radioatividade. A investigação tem como base as delações do empresário José Antunes Sobrinho, ligado à Engevix, e do corretor Lucio Funaro.

No ano passado, Funaro entregou à Procuradoria-Geral da República informações complementares do seu acordo de colaboração premiada. Entre os documentos apresentados estão planilhas que, segundo o delator, revelam o caminho de parte dos R$ 10 milhões repassados pela Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.

De acordo com a Polícia Federal, Sobrinho fala em seu acordo sobre “pagamentos indevidos que somam R$ 1,1 milhão, em 2014, solicitados por João Baptista Lima Filho e pelo ministro Moreira Franco, com anuência do Excelentíssimo Senhor Presidente da República Michel Temer, no contexto do contrato da AF Consult Brasil com a Eletronuclear”.

Os valores, segundo o delator, teriam sido depositados em conta corrente em nome da empresa PDA Projeto, que tem o coronel Lima, amigo de Temer, e sua esposa, Maria Rita Fratezi, por meio de um contrato simulado com a Alumi Publicidade.

O outro lado
Já Daniel Gerber, advogado de Eliseu Padilha, nega que seu cliente seja alvo da operação e que "duvida" de que o nome dele esteja nas investigações. A reportagem do R7 entrou em contato com o advogado Brian Prado, que defende o ex-presidente, e ele disse que a defesa não teve acesso à decisão até o momento. Já o advogado Eduardo Carnelós, que também defende Temer, afirmou a "O Estado de S. Paulo" que a prisão do ex-presidente "é uma barbaridade". 

Fonte: Correio do Povo.

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