O futuro ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), entregou nesta quarta-feira (31) ao Palácio do Planalto 22 nomes de assessores que vão compor a equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Ele se reuniu com o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para dar início oficialmente ao processo de transição.
Segundo Lorenzoni, trata-se de uma primeira lista, com nomes mais concentrados na área econômica e de infraestrutura. A equipe de Bolsonaro pode indicar até 50 nomes para compor a equipe de transição. “Por enquanto, são 22. Na medida em que os ministros forem nomeados, vão ser trazidos novos técnicos”, disse Lorenzoni, após a reunião.
Os nomes indicados pela equipe de Bolsonaro ainda precisam passar por uma triagem, feita pelo governo atual, para serem publicados no Diário Oficial. O atual governo informou que a lista não será divulgada antes de serem submetidos a uma pesquisa.
O futuro ministro da Casa Civil falou rapidamente com a imprensa, ao lado de Padilha, após o encontro. Ele não respondeu quais são os nomes indicados por Bolsonaro.
Lorenzoni disse que o presidente eleito viaja a Brasília na próxima semana para encontrar os chefes dos Poderes e trabalhar pessoalmente na transição com o atual presidente, Michel Temer. Já existe uma estrutura montada no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) para receber a equipe do presidente eleito.
“O presidente [Bolsonaro] vem na próxima semana a Brasília para visitar os poderes. Vai se encontrar também com o presidente Temer para iniciar, entre os dois presidentes, o atual e o futuro, todo esse processo [de transição] mais formalmente”, declarou Onyx Lorenzoni. O futuro ministro não informou o dia do encontro, mas a expectativa é que Bolsonaro viaje a Brasília na próxima terça-feira (6).
Novo ministério
Quatro ministros já foram anunciados pelo presidente eleito: Onyx Lorenzoni (Casa Civil); Paulo Guedes (Economia); General Augusto Heleno (Defesa); Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). Além disso, Bolsonaro se reunirá nesta semana com o juiz federal Sérgio Moro para discutir a nomeação dele como ministro da Justiça.
O economista Paulo Guedes já informou que será “natural” se o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, permanecer no cargo. A equipe de Bolsonaro trabalha para definir a redução dos ministérios. Atualmente, são 29 pastas e o novo governo projeta ter em torno de 15. Para reduzir o número, já foram anunciados o Ministério da Economia, que unificará as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior, e a fusão dos ministérios Agricultura e do Meio Ambiente.
Veja como deverá ser a composição dos ministérios no governo Bolsonaro:
1) Casa Civil com a Secretaria de Governo – Onyx Lorenzoni;
2) Economia (fusão de Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior) – Paulo Guedes;
3) Defesa – General Augusto Heleno;
4) Ciência e Tecnologia (com Ensino Superior) – Marcos Pontes;
5) Educação, Cultura e Esporte;
6) Agricultura e Meio Ambiente;
7) Trabalho;
8) Minas e Energia;
9) Relações Exteriores (está em discussão se ministro será um diplomata ou alguém formado em Relações Internacionais);
10) Integração Nacional (ainda não está definido, mas deve se juntar aos ministérios das Cidades e do Turismo);
11) Infraestrutura, junto ao Ministério dos Transportes;
12) Gabinete de Segurança Institucional – deverá ter como titular um nome ligado ao Exército;
13) Desenvolvimento Social e Direitos Humanos – poderá ser oferecido a uma mulher ligada a movimentos sociais;
14) Justiça e Segurança;
15) Saúde.
Fonte: O Sul