Os núcleos regionais de assessoria de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão proibidos, desde a manhã desta segunda-feira (28), de emitir informações relacionadas a bloqueios existentes e liberados nas estradas do Brasil. A informação foi confirmada pelo núcleo de comunicação (Nucom) da PRF em Alagoas, que chegou a atribuir a determinação ao ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, mas depois esclareceu que a ordem não partiu diretamente do titular do ministério.
A proibição atinge além dos dados de bloqueios, qualquer outra informação relativa às manifestações, seja através de nota, entrevistas ou grupos de WhatsApp. O veto à divulgação dos dados provocou críticas de jornalistas das redações alagoanas e intenso debate entre as direções regionais da PRF, que lamentaram ter que seguir o fluxo determinado para divulgação das informações.
O Nucom da PRF em Alagoas, disse que ficou determinado pelo ministério que todo e qualquer contato da imprensa deverá ser feito via Assessoria de Comunicação da Presidência e Assessoria de Comunicação da PRF em Brasília. “Lembrando que poderá ter problema de acesso em virtude da demanda e demora nas atualizações, mas, infelizmente, teremos que seguir o fluxo de informação determinado. […]Pedimos desculpas, mas quando as ordens partem da presidência não temos muito o que negociar”, diz a informação publicada no grupo de WhatsApp oficial do Nucom da PRF em Alagoas.
O Diário do Poder perguntou sobre a situação e pediu os dados dos bloqueios desta segunda-feira (28) à assessoria de comunicação da PRF em Brasília. E recebeu a seguinte resposta: “Ainda não há atualização de números de manifestações em rodovias federais. A divulgação dos dados está sendo coordenada pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública e, quando disponível, serão publicados no site www.prf.gov.br/agencia”.
O Nucom da PRF de Alagoas entrou em contato com a reportagem para afirmar que um erro no texto atribuiu de forma equivocada a decisão ao ministro Raul Jungman. Por isso, a reportagem foi atualizada com este esclarecimento.
Fonte: Diário do Poder