Coluna: Geral RS

Acusada de matar grávida em SC passará por exame de saúde mental
17 de Setembro de 2020 às 08:37
Rozalba em depoimento à Polícia Civil no dia 28 de agosto, um dia após o crime em Canelinha – Foto: Reprodução/ND
Rozalba em depoimento à Polícia Civil no dia 28 de agosto, um dia após o crime em Canelinha – Foto: Reprodução/ND

Santa Catarina - A Justiça determinou que Rozalba Maria Grime faça um exame de sanidade mental. A mulher é acusada de assassinar uma amiga grávida na cidade Canelinha, Grande Florianópolis, no dia 27 de agosto. A decisão é do juiz Luiz Fernando Pereira de Oliveira, da comarca de Tijucas, e ocorreu na última segunda-feira (14).
Presa no dia seguinte ao crime, Rozalba confessou que matou a vítima e, utilizando um estilete, cortou a barriga da jovem de 24 anos roubando a recém-nascida. Após o homicídio, a acusada abandonou a mulher em uma cerâmica desativada e simulou um parto. O esposo da assassina, Zulmar Schiestl, também é réu no processo.

O pedido para a realização do teste clínico foi feito no dia 28 de agosto pela antiga defesa da acusada. No texto, foi solicitada a “instauração de incidente de sanidade mental”, baseado no “histórico de abortos recorrentes” e “influência de estado puerperal”. A data do exame não foi divulgada.

O documento aponta que Rozalba teria sofrido dois abortos espontâneos. Um dos episódios teria ocorrido há sete anos e o outro no início de 2020.

Durante o depoimento que confessou o crime, Rozalba disse à Polícia Civil que esteve grávida no fim de 2019, mas sofreu um aborto espontâneo em janeiro deste ano. A defesa não apresentou documentos ou consultas médicas que comprovem o fato.

Ministério Público pediu indeferimento

No dia 8 de setembro o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) manifestou-se contrário ao pedido da defesa. Segundo os promotores Alexandre Carrinho Muniz e Mirela Dutra Alberton, não foi comprovado “que a acusada se enquadra nos conceitos aceitos pela medicina como de mulher que teve abortos recorrentes”.

No dia em que foi presa, Rozalba foi submetida a um exame pericial pelo IGP (Instituto-Geral de Perícias). A análise mostrou que ela apresentava “bom estado geral, orientada no tempo e espaço”.

Juiz requereu exame

Apesar da declaração do MPSC, o juiz entendeu que é preciso “assegurar à defesa os instrumentos necessários para que desenvolva a sua linha raciocínio”. Luiz Fernando Pereira de Oliveira disse ainda que a Justiça “não dispõe de qualificação técnica para apreciar a condição de saúde de uma pessoa”. A argumentação indica ser necessário um médico e eventuais documentos e histórico de tratamento da acusada.

Fonte: Blog Missioneiro, com informações ND MAIS

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