Coluna: Geral RS

Confirmado primeiro caso de coronavírus no RS
10 de Março de 2020 às 10:09
Imagem ilustrativa.
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Na manhã desta terça-feira (10) a reportagem da Rádio Gaúcha confirmou o primeiro caso de Coronavírus no Estado. Segundo a publicação, a informação foi confirmada com uma fonte ligada ao Ministério da Saúde. Ainda de acordo com o portal GaúchaZH, mais informações serão repassadas em coletiva à imprensa na manhã desta terça-feira (10), em Porto Alegre.

A prefeitura de Campo Bom, no Vale do Sinos, confirmou que o caso é de um morador do município, de 60 anos, que retornou de viagem à Itália em fevereiro. Ele apresentou os sintomas ainda durante a viagem e, no retorno, procurou atendimento em um hospital privado da região.

Em todo o país, são 25 pacientes confirmados da doença — em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Alagoas e Espírito Santo. Até segunda-feira (9), eram 930 casos suspeitos da doença no Brasil.

 

Laboratório descarta 86 suspeitas


O Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) fechou até esta segunda-feira (9) os diagnósticos como negativo dos primeiros 86 casos suspeitos para infecção pelo novo coronavírus. O número representa todos os exames feitos desde sexta-feira (6) no Estado, quando o serviço da Secretaria da Saúde (SES) passou a fazer a análise.

Os exames irão agora passar por um segundo teste para os outros sete tipos de vírus respiratórios mais comuns no país, como os influenza A e B, parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório.

A investigação no Lacen começou a ser feita na última sexta-feira, após a chegada de insumos específicos para a identificação do novo coronavírus entregues pelo Ministério da Saúde. O material é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que é para onde a Secretaria da Saúde (SES) enviava as amostras com as suspeitas da infecção. Com isso, será possível reduzir o tempo para obter os resultados, já que esse tempo poderia chegar a até 8 dias e agora é possível ter a resposta em 48 horas. Nenhuma amostra do Rio Grande do Sul segue em investigação na Fiocruz. Todos os atuais suspeitos estão no Lacen em Porto Alegre.

Nem todos esses descartados para coronavírus já estão contabilizados no boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira pela SES, em virtude da hora de fechamento dos dados. Da última sexta-feira para hoje, foram 34 casos descartados após o diagnóstico co Lacen. Os demais casos serão agora tabulados pelo Centro de Operações de Emergências (COE) e entrarão no boletim desta terça-feira (10) junto a outros casos que venham a ter o diagnóstico até lá.

O boletim epidemiológico é atualizado diariamente em saude.rs.gov.br/coronavirus.

 

Nem tudo são boas notícias

As boas notícias, infelizmente, são menores. No restante do mundo, o número de mortos e infectados segue crescendo. No Irã, foram 54 mortes registradas nas útlimas 24h, o maior número do balanço diário. O total de mortes chegou à 4.068, segundo o South China Morning Post. Já são mais de 113 mil casos confirmados, sendo que cerca de 64 mil pessoas já estão completamente recuperadas.

As mulheres podem ter mais chances de sobreviver ao coronavírus mortal, mas também parecem ter mais probabilidade de depressão, ansiedade e insônia, pois assumem a maior parte do ônus de cuidar dos pacientes, descobriram pesquisadores chineses.

O vírus causou sintomas menos graves e menor mortalidade em mulheres em comparação aos homens, de acordo com dois trabalhos de pesquisa de médicos que trabalham na cidade de Wuhan, no centro da China, o epicentro da doença. Os documentos ainda precisam ser revisados ​​por pares.

Em um estudo com mais de 1.000 pacientes na China continental, incluindo 37 que morreram em Wuhan, os pesquisadores descobriram que os homens sofriam efeitos mais graves e eram mais propensos a morrer, respondendo por 70% do número de mortos, de acordo com um estudo publicado na Quinta-feira no medRxiv.org, um servidor de pré-impressão para ciências da saúde.

Em particular, o vírus "tem maior probabilidade de afetar homens mais velhos com comorbidades e pode resultar em doenças respiratórias graves e até fatais", afirmou o jornal.

O artigo foi escrito por pesquisadores do Hospital da União Wuhan e do Hospital Tongren de Pequim, que foram enviados pelo governo central à província de Hubei para ajudar a controlar a epidemia.

 

Fonte: Clic Camaquã.

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