A vida de cada um de nós é composta por coisas boas, coisas não tão boas e até mesmo coisas ruins ou desagradáveis. Mesmo que surjam alguns problemas ou dificuldades em nossa vida, sempre é preferível continuar vivendo, não é mesmo? Tentemos, então, não dificultar muito as coisas, pois às vezes nós é que nos atrapalhamos. Lembremos que as coisas simples são as mais encantadoras, e o segredo de uma vida boa é o equilíbrio, pois tudo o que é demais pode ser perigoso. Frio em excesso mata, e muito calor também pode matar.
Outro segredo para termos uma vida boa é sabermos conviver com as pessoas que nos cercam. Criemos lembranças com pessoas queridas, com as quais tenhamos afinidade e que também saibam nos valorizar, pois isso eleva a nossa autoestima e traz a tão sonhada paz de espírito. Isso é muito importante, pois a nossa felicidade está intimamente ligada à nossa memória. As melhores lembranças nós guardamos com carinho no coração. Já aquelas não tão boas nós procuramos esquecer ou, ao menos, as deixamos escondidinhas no canto mais profundo da memória.
Às vezes nós enfrentamos dificuldades severas e, para sair delas, precisamos da ajuda de nossos familiares e amigos. Se esses laços forem realmente sólidos, é certo que receberemos a ajuda tão necessária. E quando passa a turbulência, é como se o rio voltasse ao seu curso natural.
Não acumule riquezas materiais, pois muitas vezes elas só servem para a discórdia dos herdeiros. Acumule pessoas, afetos e boas atitudes. Seja gentil com seus familiares e seja amigo de seus amigos; seja leal, sincero e respeitoso. Lembre que a amizade é composta por gestos, atitudes, valores e sentimentos. Seja amável com as demais pessoas, pois elas sempre irão lembrar o modo como você as tratou.
Chegará o dia em que tudo será passado e nos lembraremos apenas de quem fomos (isso se o Alzheimer não nos alcançar antes). E, quando chegar esse dia, devemos ter a consciência de que fomos pessoas boas, humanas, ou que pelo menos foi isso que tentamos ser.
JULGAMENTO APRESSADO
Um jovem de 24 anos, olhando pela janela de um trem, gritou:
- Pai, olha as árvores andando para trás!
O pai sorriu, e um casal sentado perto deles olhou com piedade para o comportamento infantil do rapaz. De repente, o rapaz exclamou novamente:
- Olha, pai, as nuvens andando com a gente.
O homem que estava ao lado da esposa não resistiu, ao ver aquela cena, e perguntou para o pai dele:
- Porque o senhor não o leva a um bom médico?
Aquele velho pai, com os olhos brilhando, disse:
- Eu já o levei, acabamos de sair do hospital. Meu filho era cego de nascença, e acabou de ganhar esses olhos. Ele está vendo o mundo pela primeira vez.
REFLEXÃO: Não julgue as pessoas antes de conhecer sua história. Você não sabe as lutas que elas travaram para chegarem onde estão. E a verdade pode te surpreender!
A CAÇADA (Professor Gretz)
O urso, o lobo e a raposa foram caçar. Cada um matou um coelho. Colocaram as caças no chão e o urso perguntou:
- Como vamos dividir?
- Vamos fazer a distribuição mais lógica - respondeu o lobo. - Um coelho para mim, um para você e um para a raposa.
O urso, não satisfeito com a resposta, atacou o lobo e o devorou. Em seguida, virou-se para a raposa e perguntou:
- Raposa, como vamos dividir?
- Você fica com o coelho que o lobo sugeriu, você leva o coelho que era do lobo e eu faço questão de dar o meu coelho pra você, porque eu nem gosto de coelho - respondeu a raposa.
- Onde aprendeu tamanha sabedoria, raposa? - questionou o urso, surpreso.
- Eu aprendi com o lobo - respondeu a raposa, adentrando o mato.
HÁ TRÊS TIPOS DE PESSOAS:
O idiota - Aquele que não aprende com nenhum erro.
O inteligente - Aquele que aprende com os próprios erros.
O sábio - Aquele que aprende com os erros dos outros.
O VENENO
A filha chegou para o pai e disse:
- Pai, não aguento mais a minha vizinha! Quero matá-la, mas tenho medo que descubram. O senhor pode me ajudar?
O pai respondeu:
- Posso sim, meu amor, mas tem um porém... Você vai ter que fazer as pazes com ela para que ninguém desconfie que foi você, quando ela morrer! Vai ter que cuidar muito bem dela, ser gentil, agradecida, paciente, carinhosa, menos egoísta, retribuir sempre, escutar mais. Está vendo este pozinho aqui? Todos os dias você vai colocar um pouquinho na comida dela, assim ela vai morrendo aos poucos.
Passados trinta dias, a filha voltou e disse ao pai:
- Pai, pelo amor de Deus! Eu não quero mais que a vizinha morra! Eu passei a amá-la. E agora? Como eu faço para cortar o efeito do veneno?
O pai, então, respondeu:
- Não se preocupe! O que eu te dei foi pó de arroz. Ela não vai morrer, pois o veneno estava em você!
REFLEXÃO: Quando alimentamos rancores, morremos aos poucos. Que possamos fazer as pazes conosco e com quem nos ofendeu. Que possamos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Que possamos ter a iniciativa de amar, de dar, de doar, de servir, de presentear... e não só a de querer ganhar, ser servido, tirar vantagem e explorar o outro. Que o amor de Deus nos alcance todos os dias, pois não sabemos se teremos tempo de nos purificarmos com este antídoto chamado perdão.
Por Nolfeu Barbosa.