Coluna: COLUNA DO BARBOSA

A família do marido
02 de Fevereiro de 2024 às 08:24
Com o texto 'A família do marido' que abre a coluna desta sexta-feira, 02, Nolfeu Barbosa propõe para reflexão a recíproca do 'Amar para ser amado'.
Com o texto 'A família do marido' que abre a coluna desta sexta-feira, 02, Nolfeu Barbosa propõe para reflexão a recíproca do 'Amar para ser amado'.

O marido pediu para a esposa preparar um almoço especial para a sua família, tendo em vista que a família dele há muito tempo não os visitava e ele queria fazer uma surpresa, algo especial. A esposa, por sua vez, disse:
- Eu vou pensar.
O marido disse:
- Pense, mas faça, porque igual à sua comida não há...
Ele saiu e resolveu as coisas dele, passou o dia fora e, quando chegou em casa, dormiu. No dia seguinte ele saiu para trabalhar, com muita expectativa, pensando no almoço. Chegando em casa, já passado das 11 horas, ao abrir a porta percebeu que não tinha nada sobre a mesa, não havia cheiro de comida no ar, e a esposa estava deitada no sofá, com o celular na mão. Ele ficou chateado com aquilo e disse:
- Daqui a pouco minha família vai chegar, onde está o almoço?
A esposa levanta e, com raiva, responde:
- Eu não preparei a comida, não senti vontade de fazer. A sua família é de casa, eles comem o que tem na geladeira.
Desapontado, o marido colocou uma mochila nas costas e saiu de casa.
Quase uma hora depois, a esposa ouve a campainha da casa e vai abrir a porta. Qual não foi sua surpresa ao ver ali, parados na porta, a sua mãe, o seu pai, seus irmãos, a ‘sua’ família. Ela fica assustada, e o pai diz:
- Filha, há quanto tempo, que saudade!
O pai e a mãe a abraçam, emocionados. Sem entender nada, ela começa a esfregar as mãos, nervosa, e o pai pergunta:
- Cadê o seu marido?
- Ele saiu -, responde ela, já ansiosa.
E o marido demorava a chegar.
Agora é sua mãe quem pergunta:
- Cadê ele? Ele ligou para nós com muita alegria e nos convidou para virmos almoçar. Onde ele está?
- Olha, ele precisou sair.
O pai dela começa a desconfiar. Nesse ínterim, ela liga para seu marido e pergunta:
- Onde você está?
- Eu estou bem longe daí de casa.
- Por que você não me avisou que era a ‘minha’ família???
- Porque, para mim, a minha família e a sua família são a mesma coisa.
- Então traga o almoço, porque não tem nada aqui em casa.
- A sua família é de casa, eles não vão reparar em comer uma comida que está na geladeira, não é mesmo?

REFLEXÃO:
Se você quer ser amado, você precisa amar. A recíproca tem que ser verdadeira. A família é uma instituição criada por Deus. E por mais diferente que a família do seu cônjuge seja da sua, é uma família e merece respeito, merece amor e merece carinho. Aprenda a tratar bem os entes queridos de sua esposa ou do seu marido, e você verá que isso atrairá bênçãos de Deus para dentro da sua casa.

A OUTRA METADE (Rubem Alves)
Quando você encontrar a outra metade da sua alma, você vai entender porque todos os outros amores deixaram você ir.
Quando você encontrar a pessoa que realmente merece o seu coração, você vai entender porque as coisas não funcionaram com as demais pessoas.
O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute, de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: “Se eu fosse você”...
A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina.
Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção. Na vida, nas coisas, nas pessoas que me cercam...

HUMILDADE (Cora Coralina)
Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.

Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura,
numa terra sedenta
e num telhado velho.

Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.

E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.

Por Nolfeu Barbosa.

 

Mais artigos de COLUNA DO BARBOSA