Coluna: COLUNA DO BARBOSA

Câncer de mama
14 de Outubro de 2022 às 07:00
Em atenção ao Outubro Rosa, campanha de prevenção ao câncer de mama, que se desenvolve durante cada mês de outubro, Nolfeu Barbosa traz hoje um artigo muito interessante, extraído de um blogue da internet.
Em atenção ao Outubro Rosa, campanha de prevenção ao câncer de mama, que se desenvolve durante cada mês de outubro, Nolfeu Barbosa traz hoje um artigo muito interessante, extraído de um blogue da internet.

Em atenção ao Outubro Rosa, campanha de prevenção ao câncer de mama, que se desenvolve durante cada mês de outubro, trouxe para vocês um artigo muito interessante, que encontrei num blogue da internet.

CÂNCER DE MAMA

Desde pequena eu vejo, na TV e em outdoors, informações sobre o Outubro Rosa. Conforme fui crescendo, passei a entender que se tratava de uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e diagnóstico inicial do câncer de mama. Esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre mulheres (o primeiro é o câncer de pele). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dois milhões de mulheres são diagnosticadas com câncer de mama no mundo, a cada ano. Com dados tão alarmantes, percebemos a importância da prevenção, estimulada nesse mês de outubro. Um estudo feito pelo Hospital do Câncer de Barretos (SP) durante 14 anos, identificou que a taxa de mortalidade entre mulheres por câncer de mama e por câncer de colo de útero caiu 42,85% e 34,88%, respectivamente, devido ao diagnóstico precoce através dos exames preventivos. O primeiro passo na prevenção de câncer de mama é o autoexame. Se for constatado algum nódulo, a mulher deve ir ao médico que, dependendo do caso, pode requerer exames de sangue, mamografia e ultrassom. Cabe ressaltar que todos esses procedimentos são muito importantes, pois quanto mais cedo for detectado o câncer, maiores serão as chances de cura.

O processo de lidar com uma doença, por si só já é bastante desafiador, ainda mais quando mexe com nosso corpo e com a nossa autoestima, como é o caso do câncer de mama. Nesses momentos mais difíceis e desafiadores, algumas mulheres acabam encontrando, na experiência de ajudar outras pessoas, uma forma de superação e, muitas vezes, também viram inspiração para isso. Como o câncer de mama é uma doença que acontece apenas em mulheres, percebemos que a sororidade (união entre as mulheres, baseadas na empatia e no companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum) é marca importante desse processo.

Rossana Pontes é uma assistente social, de 54 anos, que já enfrentou a doença e contou que o câncer de mama, que já a fez ter medo de morrer, se transformou em um elo entre ela e outras mulheres em tratamento.

“De certa forma estou ressignificando a doença.”, afirma ela.

Sororidade na prática: as mulheres que enfrentam a doença encontram alguns grupos de apoio para compartilhar suas dores e experiências, e esse movimento é muito bonito. Beatriz Helena Dobke, que conseguiu vencer o câncer de mama, uniu-se a um grupo de mulheres acometidas pela mesma doença e fundaram a Associação Rosa Mulher, para ajudar outras mulheres que também enfrentavam a doença. Entre as atividades do grupo estão: empréstimo de perucas para mulheres em tratamento de quimioterapia, doação de prótese mamária, grupo de apoio e autoajuda e palestras sobre prevenção do câncer de mama.

Arte que cura: Bárbara Nhiemetz, de 24 anos, tatua em Curitiba de forma gratuita mulheres que retiraram a mama. Sua inspiração e primeira cliente foi sua mãe, que teve câncer de mama quando Bárbara era pequena. Antigamente ela fazia desenhos com canetinhas na cicatriz de sua mãe, que se emocionava ao ver a arte da filha. Hoje ela tatua flores em sua mãe e também em outras mulheres que passaram pela doença.

Doação que prevalece: em 2010 nasceu a Fundação Laço Rosa, que criou o primeiro banco de perucas do Brasil. A ideia de criar a ONG foi das irmãs Aline, Marcelle e Andrea. Aline foi diagnosticada com câncer em 2007, quando estava grávida. Na época, ela fez quimioterapia e decidiu assumir a careca. Aline faleceu um mês após a criação da ONG, mas seu trabalho seguiu ganhando vida através de suas irmãs, que continuaram empreendendo no projeto. Para doar, qualquer pessoa pode mandar 20cm de cabelo para a ONG e para receber basta requisitar pelo site. A doação é feita para pacientes com qualquer tipo de câncer. Além disso, o site conta com informações sobre os direitos legais das pacientes.

OBS.: O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa essa posição. A prevenção é fundamental.

O ÚLTIMO VAGÃO

Todos os anos os pais do Martín levavam-no para a casa da avó, para passar as férias de verão, e eles voltavam para casa no mesmo trem, no dia seguinte. Um dia a criança perguntou aos pais:
– Já estou crescido. Posso ir sozinho para a casa da minha avó?
Depois de uma breve discussão, os pais aceitaram. Eles estão parados na estação, esperando a saída do trem. Despedem-se do seu filho dando-lhe algumas dicas pela janela, enquanto Martin lhes repetia:
– Eu sei, vocês já disseram isso mais de mil vezes.
O trem estava prestes a sair e seu pai murmurou aos ouvidos do filho, colocando algo em seu bolso:
– Filho, se você se sentir mal ou inseguro, isso é para você!
Então, Martin estava sozinho, sentado no trem como queria, sem seus pais pela primeira vez. Admira a paisagem pela janela. Ao seu redor, alguns desconhecidos se empurram e fazem muito barulho. Eles entram e saem do vagão. O supervisor faz alguns comentários sobre o fato de uma criança estar viajando sozinha. Uma pessoa olhou para ele com olhos de tristeza. 
Martin se sentia mal a cada minuto que passava. Ele estava com medo. Abaixou a cabeça e se sentia encurralado e sozinho, com lágrimas nos olhos.
Lembrou-se, então, que o pai colocara algo em seu bolso. Tremendo, procurou o que o pai colocou. Ao encontrar o pedaço de papel, Martin leu:
′′Filho, estou no último vagão!”.

REFLEXÃO: Assim é a vida. Nós devemos deixar nossos filhos irem embora. Nós devemos confiar neles. Mas nós sempre estaremos no último vagão, vigiando, caso eles tenham medo ou caso eles encontrem obstáculos e não saibam o que fazer. Temos que estar perto deles, enquanto ainda estivermos vivos, pois o filho sempre precisará dos seus pais.

Por Nolfeu Barbosa.

 

Mais artigos de COLUNA DO BARBOSA