Quando um gaiteiro abre o fole da sua parceira de lida, simboliza a própria vida na estampa que lhe traduz, pois traz a imagem da cruz que mostrou pra humanidade, o tom da felicidade e o som que ela produz. Gaita e gaiteiro são potros de uma mesma tropilha, buscando além da coxilha o rumo da imensidão, lá onde a solidão se perde no firmamento, legando aos de sentimento a gaita, o gaiteiro e a canção. Quando uma gaita se aninha no peito do tocador não há lugar para dor nem pra esperança perdida, a cada nota parida com sentimento e emoção a gente tem impressão que a gaita também tem vida
Acompanhado de Leonardo Sarturi, Beto Caetano fz os frequentadores do Bistrô, o aplaudirem em pé, na noite relembrou sucessos de Santiaguenses como Jaime Pinto, Tulio Piva entre outros.
Beto talvez seja o gaiteiro com maior participação em gravações de artistas regionais gauchescos. É raro o cantor ou grupo que, ao gravar seus trabalhos, não tenha prescindido do toque mágico da cordeona de Beto Caetano. Da mesma forma, são inúmeras suas participações em festivais nativistas pelo Rio Grande a fora. Beto Caetano tem uma facilidade incrível para colocar no foles de sua gaita aquilo que o artista deseja. Não raro, participou de eventos sem, ao menos, ensaiar com os demais integrantes, tal sua percepção musical. Em conseqüência desta sua imensa atividade, passa os dias em estúdio de gravações, sempre amadrinhando algum parceiro.