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PF prende general e “kids pretos” que teriam planejado golpe e assassinato de Lula e Alckmin
19 de Novembro de 2024 às 10:36
General Mário Fernandes é um dos presos na operação da PF | Foto: Ascom / Secretaria Geral
General Mário Fernandes é um dos presos na operação da PF | Foto: Ascom / Secretaria Geral

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, 19, um general reformado, ex-integrante do governo Jair Bolsonaro, e três "kids pretos" por supostamente planejarem um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e "restringir o livre exercício do Poder Judiciário".

As diligências fazem parte da Operação Contragolpe, que identificou um "detalhado planejamento operacional" chamado "Punhal Verde e Amarelo", previsto para ser executado em 15 de dezembro de 2022, com o assassinato de Lula e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

O plano também incluía a execução de Alexandre de Moraes, que era monitorado continuamente, caso o golpe fosse consumado.

Foram presos:
- Hélio Ferreira Lima - militar com formação em Forças Especiais, os "kids pretos”;
- Mário Fernandes - general reformado que foi secretário executivo da Presidência da República no governo Bolsonaro e hoje é assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello;
- Rafael Martins de Oliveira - militar com formação em Forças Especiais, os “kids pretos”;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo - militar com formação em Forças Especiais, os “kids pretos”;
- Wladimir Matos Soares - policial federal.

O Estadão busca contato com os investigados e seus advogados e deixou espaço aberto para manifestações.

Os agentes ainda vasculharam três endereços e deram cumprimento a 15 medidas cautelares diversas da prisão - proibição de manter contato com os demais investigados; proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas. As diligências foram realizadas no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

A Operação investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa. O Exército acompanhou as diligências em razão da participação de militares na quadrilha sob investigação.

A Polícia Federal identificou que a quadrilha sob suspeita - formada, em sua maioria, por militares com formação em Forças Especiais - "se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022".

"O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações", indicou a PF. 

Fonte: Correio do Povo.

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