A benção à todos os caramelos! Depois de resgatar e adotar um cachorro, o padre Luiz Paulo Soares, fez do bichinho um coroinha na igreja onde realiza as missas.
O cachorro da raça Foxhound-americano, chamado Jhonny, já é a maior atração entre os fiéis que frequentam as celebrações na Paróquia Santa Ana e São Joaquim, em Barretos, São Paulo. Adotado há três anos pelo sacerdote, o cãozinho sempre está na igreja, e adora receber carinho dos fiéis. Ele até ganhou roupinha de coroinha.
“Ele está sempre durante as missas, pode ser que ele às vezes chegue um pouquinho atrasado, saia um pouquinho antes, mas em todas as missas ele está presente”, contou o padre Luiz Paulo. No Natal, ele fez até uma “participação” na encenação e tomou o lugar de Jesus no presépio!
Além de padre, Luiz Paulo é muito conhecido na região pelo trabalho que faz resgatando animais. O padre já cuida de 15 cachorros abandonados e a história com Jhonny começou de uma maneira curiosa. O bichinho, magrinho e mal cuidado, começou a aparecer perto de uma capela na cidade. “Ao debruçar para dar ração e deixar a porta traseira aberta, ele pulou dentro do carro e eu sempre gostei muito de cachorro já uni o útil ao agradável”, lembra o padre.
Idoso, Jhonny precisou de atenção especial. Ele estava com a saúde muito debilitada. Eram problemas intestinais, doença do carrapato e sopro no coração. Mas com muito carinho, amor e fé, ele se recuperou!
Depois que adotou o "cãoroinha", o padre percebeu que o bichinho adorava andar, então deixou o animal livre. Durante o dia, Jhonny sempre fica pertinho das ruas da igreja, mas assim que o sino toca e a missa começa, ele corre em disparada para acompanhar o louvor!
“Nas horas das missas, ele tem o costume de ir pra igreja e ficar aqui. Caso o contrário, durante o dia, quando ele tem vontade de ficar dentro, ele fica. Vou atender confissão e ele até entra dentro da sala”, explicou Luiz.
E o apelido de coroinha surgiu de uma maneira muito engraçada. A parte favorita de Jhonny na igreja é o altar. Quase toda missa ele sobe no local e fica sentadinho assistindo tudo bem atento. “Aí a gente inventou uma roupinha pra ele e deixa ele ali. O tempo todo ele está no meio dos fiéis ou está ali deitado em cima do altar”. Não tem uma pessoa que resista ao cãoroinha.
“Quando toca o sino, ele sai disparado e sai disparado mesmo de dentro da casa. Tocou o sino, ele já começa a chorar, começa querer correr e vem disparado”.
Para Maria de Lourdes, frequentadora da Paróquia há 24 anos, é gratificante dividir o espaço com o pet.
“Ele é como se fosse um coroinha pra gente aqui, ele frequenta muito, está sempre no altar, sempre divino o espaço com a gente, com as crianças também”, disse a senhora.
Já Maria Aparecida lembra ainda que Jhonny foi conquistando os fiéis de pouquinho a pouquinho. No Natal, ele teve papel principal no presépio da igreja.
“Ele ‘tomou o lugar do Cristo’ ali no altar, foi tipo o menino Jesus, ele estava na manjedoura, foi a coisa mais linda. Não tem quem não se emocione quando está perto dele. É uma benção na paróquia”.
Fonte: Só Notícia Boa Com informações de G1.