O Exército israelense continua bombardeando a Faixa de Gaza neste sábado (28), depois de combates terrestres entre soldados e milicianos do movimento islamita palestino Hamas e de bombardeios noturnos de intensidade sem precedentes desde o início da guerra, que destruíram centenas de edifícios em uma noite.
No 22º dia do conflito, que provocou milhares de mortos, o território palestino de Gaza, sitiado por Israel e onde 2,4 milhões de habitantes vivem na pobreza, privados de tudo, está agora isolado do mundo devido ao corte das comunicações e de Internet.
A ONU diz temer uma "avalanche de sofrimento humano" na Faixa de Gaza, onde o Exército israelense promove uma devastadora campanha de bombardeios desde 7 de outubro, em retaliação à ofensiva sem precedentes que os milicianos do Hamas lançaram em território israelense e que deixou 1.400 mortos, a maioria civis de todas as idades. Entre os mortos estão mais de 300 militares.
O Ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza, afirmou no seu último relatório neste sábado que 7.703 pessoas, principalmente civis, morreram nos bombardeios israelenses. Segundo o Hamas, mais de 3.500 crianças estão entre os mortos.
Neste sábado, o porta-voz do serviço de Defesa Civil de Gaza informou que centenas de edifícios e casas foram "completamente destruídos" apenas nos bombardeios israelenses da madrugada.
O Exército de Israel disse ter atingido "150 alvos subterrâneos" no norte da Faixa de Gaza, onde o Hamas conduziria suas operações a partir de uma gigantesca rede de túneis.
O Exército afirmou ter matado "vários terroristas do Hamas", incluindo um dos responsáveis pela organização da ofensiva de 7 de outubro.
Segundo jornalistas da AFP em Gaza, os bombardeios israelenses por aviação e artilharia continuaram neste sábado.
Durante a noite, o Hamas relatou intensos confrontos entre os seus combatentes e soldados israelenses, que atacaram Beit Hanun, no norte da Faixa, e Al Bureij, no centro.
Fonte: Correio do Povo.